Histórico

Campanha antitortura pressiona candidatos nos EUA

Estado de S> Paulo
Uma coalizão de grupos de direitos civis lançou na terça-feira uma campanha pressionando os pré-candidatos a presidente dos EUA a assinarem uma “Promessa da Liberdade Americana”, rejeitando a tortura, a detenção sem julgamento e os grampos telefônicos sem ordem judicial.

Cerca de 130 mil pessoas já assinaram um manifesto da Campanha da Liberdade Americana, que se apresenta como uma iniciativa bipartidária para defender a democracia dos “abusos de poder” sob o governo de George W. Bush.

“Ao trocar nossas liberdades por uma falsa sensação de segurança, o presidente concedeu a si próprio o poder dos tiranos”, disse Vincent Wareen, diretor-executivo do Centro para os Direitos Constitucionais, ONG jurídica que frequentemente vai à Justiça contra as políticas antiterror do governo.

A Casa Branca diz não tolerar a tortura e repudiou documentos internos do governo recomendando uma definição de tortura que críticos consideraram excessiva.

Alguns pré-candidatos republicanos à presidência defenderam que suspeitos de terrorismo não tenham direito a advogados ou deram aval a técnicas como a simulação de afogamento.

A ONG Human Rights Wath, o site-ativista Moveon.org e a escritora Naomi Wolf, entre outros, participam da campanha.

Wes Boyd, um dos fundadores do Moveon.org, disse que o objetivo é mostrar aos políticos, especialmente democratas, que há apoio popular aos princípios das liberdades civis.

“Os democratas muitas vezes são vítimas da acusação de que não têm foco na segurança, de que são brandos. Acreditamos que isso é um absurdo”, afirmou.

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