Senador Eduardo Suplicy, do PT, pede renúncia do presidente da Casa em função das inúmeras denúncias
Quando tudo parecia que o inferno astral do presidente do Senado, José Sarney, havia chegado ao fim, depois de que todas as acusações contra ele foram arquivadas na Comissão de Ética da Casa, eis que surge o senador Eduardo Suplicy (PT-SP). No plenário, ele pediu veementemente a renúncia do colega e, para simbolizar sua vontade, ele mostrou um cartão vermelho para Sarney.
“No meu entender, o arquivamento das ações não resolveu a crise. Para voltarmos à normalidade no Senado, o melhor caminho é que José Sarney renuncie ao cargo de presidente”, disse o petista ao presidente do Senado, que não estava presente no plenário. O ato de Suplicy foi o primeiro o primeiro do tipo tomado por alguém da bancada do partido de sustentação do governo. Antes, o líder do partido, Aloizio Mercadante (PT-SP), havia pedido o afastamento temporário de Sarney da presidência.
Suplicy afirmou que decidiu assumir seu posicionamento de forma tão impactante porque vinha sendo cobrado por seus eleitores. “O Senado sofreu um desgaste imensurável com o arrastar desta situação. Estamos no final de agosto e a casa ainda não voltou à sua normalidade. Parlamentares e partidos políticos estão respondendo a uma enxurrada de críticas severas”, justificou.
