Histórico

Casa Branca reitera que a reforma imigratória deve incluir um caminho para a cidadania

A reforma imigratória está nas mãos da liderança republicana da Câmara de Deputados, enfatiza Jay Carney (foto)

A Administração do presidente Barack Obama reiterou que a reforma imigratória, parada por ora na Câmara de Deputados, deve ser integral e incluir um caminho para a cidadania aos milhões de indocumentados que vivem no país.

Jay Carney, porta-voz da Casa Branca, assegurou que o mandatário não mudou de parecer em relação ao conteúdo que precisa ter a lei sobre o sistema imigratório.

“Este é um problema global que precisa de uma solução integral. A única maneira de avançar nisto é avançar em tudo. E isto inclui maior segurança na fronteira (…) Inclui medidas para enfrentar e proporcionar um caminho de acesso à cidadania para os 11 milhões de indocumentados aqui”, disse.

Em 27 de junho, o Senado aprovou o projeto de lei S. 744 que inclui a cidadania para indocumentados que estão nos Estados Unidos desde antes de 31 de dezembro de 2011 e não tenham antecedentes criminais.

Antes de ser aprovada, a liderança republicana encabeçada pelo presidente do Congresso, John Boehner (Ohio), advertiu que esta instância debateria sua própria iniciativa e que faria isto por partes, sem que nenhuma delas garantisse a cidadania.

Até agora o Comitê Judiciário da Câmara aprovou ao menos cinco emendas de segurança e algumas delas podem ser enviadas à votação do plenário como parte da estratégia de Boehner.

A versão democrata

Os democratas responderam em outubro com o envio do projeto HR 15, uma iniciativa de lei baseada no plano do Senado com mudanças em uma polêmica emenda de segurança fronteiriça que concede $30 bilhões adicionais ao orçamento da Patrulha da Fronteira para a contratação de 21 mil novos agentes e a construção de 700 milhas de muros, entre outras medidas.

A Casa Branca assegura que o plano democrata tem os votos necessários no plenário (218), inclusive o respaldo republicano, mas a vigência da Regra Hastert (que condiciona o envio à votação somente àqueles projetos que tenham o respaldo da maioria da maioria) tem impedido o debate.

“O presidente propôs uns princípios. Não esperava conseguir tudo o que queria em termos legislativos, linha por linha, conforme escrevia. Mas o que o Senado aprovou de maneira bipartidária inclui-se nestes princípios. E isto reflete este amplo consenso bipartidário em todo o país”, lembrou Carney.

“A reforma imigratória será aprovada. Quando? É assunto da Câmara, mas será aprovada”, assinalou.

Em junho do ano passado, Obama defendeu uma reforma imigratória com sentido comum e pediu ao Congresso aprovar um plano que inclua a cidadania para a maioria dos 11 milhões de indocumentados que vivem no país.

O apoio de Obama

Do plano aprovado pelo Senado, Obama disse que “este projeto de lei tem o maior compromisso com a segurança das fronteiras na história de nossa nação”. E acrescentou que, se aprovado, “daria um caminho para conceder a cidadania às 11 milhões de pessoas que estão ilegalmente neste país; um caminho que inclui passar uma verificação de antecedentes, aprender inglês, pagar impostos e pagar uma multa, e então entrar no final da fila atrás de todos aqueles que estejam fazendo o certo e tentando vir aqui legalmente”.

O processo sugerido pelo Senado levaria 13 anos para os imigrantes sem papéis para, primeiro legalizar suas permanências, depois solicitar a residência e finalmente pedir a cidadania.

“Para que a reforma imigratória funcione, deve ficar claro desde o início que existe um caminho para a cidadania. A maioria dos americanos apóia esta ideia”, disse Obama.
Na quarta-feira (8), o presidente da Câmara de Comércio americana disse que “estamos decididos a fazer de 2014 o ano em que a reforma imigratória finalmente será promulgada”.
A Câmara, assim como a Casa Branca, é a favor de uma reforma com sentido comum.

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