Histórico

Casal Hernandes presta depoimento e alega inocência

Líderes da Renascer se apresentaram ao Tribunal Federal de Miami depois de serem indiciados; pena por remessa ilegal de dinheiro pode chegar a 5 anos

Os líderes da Igreja Renascer em Cristo, Estevam e Sonia Hernandes, alegaram ser inocentes da acusação contrabando de dinheiro e falsa declaração. As afirmações foram feitas durante audiência no Tribunal Federal de Miami, nos Estados Unidos, onde eles prestaram depoimento às 10 horas (13 horas de Brasília) desta terça-feira.

Os advogados do casal também afirmaram que Estevam e Sonia são inocentes e pediram que eles fossem ouvidos em Juízo. Os líderes da Renascer deixaram o tribunal rodeados de seguranças que tentavam impedir que repórteres fotografassem o casal, sem falar nada, Estevam e Sonia entraram em um veículo e deixaram o local.

Indiciamento
Na segunda-feira, o casal foi indiciado por júri popular por contrabando de dinheiro e falsa declaração. Eles foram presos no dia 8 de janeiro no aeroporto de Miami, quando tentava entrar nos EUA com US$ 56,5 mil, tendo declarado apenas US$ 10 mil.

Os dois tiveram de entregar os passaportes ao governo norte-americano e estão atualmente em liberdade supervisionada na região de Miami. A pena prevista para o crime é de até cinco anos, mas, na prática, os dois podem ficar presos por no máximo 21 meses, segundo explica a advogada Lilly Ann Sanchez, criminalista especializada em imigração do escritório Fowler White Burnett.

Caso consigam comprovar que os US$ 56.467 que levaram aos Estados Unidos têm origem lícita, o casal pode se livrar da prisão. Mesmo neste caso, seriam deportados para o Brasil e perderiam seus green cards. Os Hernandes correm o risco de não poderem mais entrar nos EUA nem como turistas, caso sejam considerados culpados. O julgamento dos fundadores da Renascer será marcado para um prazo de até 70 dias após a data da audiência. Então, seriam julgados por um júri de 12 pessoas.

Sonia e Estevam Hernandes terão de cumprir a pena de prisão nos Estados Unidos antes de serem extraditados ou deportados para o Brasil, caso sejam condenados no país. Segundo os autos do processo a que o Estado teve acesso, os brasileiros são acusados pelos crimes de “contrabando de divisas” e ” não declaração” na alfândega.

“Os réus são residentes permanentes nos EUA e, se condenados, serão deportados após cumprirem sua pena de prisão nos Estados Unidos. Após esse período, ele retornariam ao Brasil para responder aos processos”, diz o processo.

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