Histórico

Comunidade ainda aguarda informações sobre a eleição dos seus representantes

Objetivo é apontar nomes que possam ser interlocutores dos brasileiros que vivem no exterior

Depois de encerradas as inscrições para os candidatos ao cargo no Conselho de Representantes de Brasileiros no Exterior CRBE, a comunidade aguarda agora a definição do Itamaraty sobre os procedimentos eleitorais. Segundo comunicado no site do Ministério das Relações Exteriores (www.brasileirosnomundo.mre.gov.br), a eleição deverá ocorrer na segunda metade do mês de outubro, a tempo de que o Conselho, de caráter consultivo e sem remuneração, seja empossado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na III Conferência Brasileiros no Mundo.

Serão quatros representantes (mais quatros suplentes) por região América do Norte e Caribe; América do Sul e Central; Europa; Ásia, África, Oriente Médio e Oceania, que servirão de elo entre a comunidade e o governo federal. A eleição será realizada via Internet. Estamos esperando a comunicação do Itamaraty sobre o assunto, até mesmo em relação aos nomes dos candidatos, explicou o vice-cônsul Cristiano Rabelo, de Miami.

De qualquer forma, pelo três dos pré-candidatos confirmaram a sua participação no pleito e são bastante conhecidos da nossa região: Adriana Sabino, presidente do Centro Cultural Brasil-Estados Unidos, Regiane Luna, fundadora da Total Help, e Silair Almeida, pastor da Primeira Igreja Batista do Sul da Flórida. O jornal AcheiUSA publica a seguir uma breve biografia de cada um deles e vai divulgar nas próximas edições a lista completa de candidatos ao Conselho, bem como os passos para a votação.

Silair Almeida

À frente da Primeira Igreja Batista do Sul da Flórida, o pastor Silair Almeida trabalha diretamente com a comunidade brasileira desde que chegou de Salvador, na Bahia, há quase 20 anos. Casado e com dois filhos, ele foi membro do Conselho Provisório de Representantes e neste período tentou não apenas servir de canal entre os brasileiros e o governo, mas também integrar a comunidade à sociedade americana, preservando os valores, a cultura e os costumes do nosso povo.

Tanto envolvimento e dedicação fizeram com que Silair recebesse, no ano passado, a Insígnia de Cavaleiro da Ordem do Rio Branco pelos serviços prestados à comunidade brasileira.”O governo tem entendido que os brasileiros que vivem no exterior têm os mesmos direitos que os brasileiros que vivem no Brasil. Para tanto, quero aprofundar as questões nas áreas de saúde, educação e cultura, buscando acordos bilaterais entre Brasil e Estados Unidos nessas áreas específicas”, explicou Silair.


Adriana Sabino

A carioca Adriana Sabino é arquiteta e decoradora, mas tem o seu nome associado à cultura. Em 1997 fundou, com outros voluntários, o Centro Cultural Brasil-USA da Flórida (CCBU), organização sem fins lucrativos cuja missão é divulgar a cultura brasileira e manter as raízes nacionais. E está justamente aí o seu maior objetivo, caso seja escolhida a intermediária da comunidade junto ao governo.
“Com a experiência de vida adquirida no exterior, os imigrantes são um patrimônio para o Brasil e isso deve ser valorizado. Por isso é importante a ampliação de programas de manutenção da língua e cultura brasileiras e a criação de acordos nas áreas trabalhistas e previdenciárias”, afirmou. Nesse sentido, ela já tem uma parcela importante como presidente do CCBU, que criou, por exemplo, o primeiro programa bilíngue e bicultural português/inglês no sistema escolar americano na Ada Merritt, em Miami, que Adriana pretende estender a outras regiões do País.


Regiane Luna

A empresária maranhense Regiane Luna é a fundadora da Total Help Group, firma que há 15 anos ajuda os brasileiros na área jurídica e atua em vários estados americanos. “Acredito ter conhecimento do que nossa comunidade passa ao tentar imigrar legalmente ou ilegalmente para os Estados Unidos, inclusive em relação ao aspecto social”, disse Regiane.

Ela também participa de várias associações, devido à presença da Total Help em todo o País (como na Flórida, Massachusetts, Texas, Geórgia e New Jersey), e certamente pode fazer um bom trabalho de ligação entre a comunidade e o Itamaraty. Formada em Artes e em Ciências Políticas e com mestrado em Lei Internacional, Regiane também ajuda brasileiras vítimas da violência doméstica junto a instituições governamentais nos Estados Unidos.

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