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Crise imobiliária não atingirá pico antes de 2009, diz S&P

Segundo agência de classificação de risco, desempenho dos emergentes vai sustentar crescimento mundial

A crise do setor de crédito imobiliário de alto risco dos Estados Unidos não deve atingir um ápice antes de 2009 e o total de calotes pode alcançar US$ 150 bilhões. Apesar disso, o forte desempenho dos mercados emergentes sustentará o crescimento econômico global, afirmou a agência de classificação de risco Standard and Poor’s nesta terça-feira.
A S&P informou que prevê que a economia mundial crescerá 3,6% neste ano e 3,5% no próximo.
O crescimento norte-americano deve ficar para trás, a 2% em ambos os anos, uma taxa considerada pelo economista-chefe da agência como fraca. Em 2006, a expansão dos EUA foi de 2,9%.
“A expansão mundial continuará forte apesar da fraqueza vista na economia norte-americana, especialmente nos mercados emergentes, devido a uma demanda doméstica saudável e à força das exportações para o mercado fora dos EUA”, disse a S&P em nota. “O fato da desaceleração norte-americana estar concentrada no setor imobiliário ajuda.”
Os mercados emergentes estão muito menos vulneráveis às turbulências nos mercados de crédito do que durante crises anterior porque os fluxos de capital atraídos por alto crescimento econômico está aliado a padrões melhorados de governança corporativa”, informou a S&P.
Além disso, preços de commodities em alta também estão ajudando muitas economias emergentes como países da América Latina e da África que são grandes exportadores.
A S&P estima que, com base em uma paridade de poder de compra, os EUA contribuirão com apenas 9% do crescimento mundial em 2007, ante 33% da China e 12% da Índia.

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