Histórico

Debate entre Obama e McCain frustra eleitores

Postulantes ao cargo mais importante do mundo não apresentam soluções a temas cruciais

Morno. Assim foi o primeiro debate presidencial entre Barack Obama e John McCain, respectivamente os candidatos democrata e republicano à sucessão de George W. Bush. O encontro, realizado na noite de sexta-feira, na Universidade do Mississippi, em Oxford, foi dominado pela crise financeira nos Estados Unidos, que esteve em pauta durante quase a metade do tempo total do debate. No entanto, os dois senadores não foram capazes de demonstrar que têm soluções concretas para resolver o problema que mais preocupa os americanos no momento.

De acordo com pesquisa realizada pela rede CBS, Obama foi o vencedor do encontro, com 40% da preferência dos telespectadores, contra 32% de McCain – 8% entenderam que houve empate. Mediado pelo experiente jornalista Jim Lehrer, da PBS, o debate também foi considerado “previsível” por parte da imprensa especializada. Os meios de comunicação foram unânimes ao considerar que os dois candidatos preferiram não cometer erros a arriscar uma postura mais agressiva em relação aos assuntos abordados.

O momento mais acalorado foi quando Obama e McCain falaram sobre a guerra no Iraque. O republicano destacou que o país está vencendo a guerra, mas Obama criticou a administração Bush pela falta de ações no Afeganistão. De qualquer forma, a turbulência econômica dominou as discussões.

“Estamos passando pela maior crise financeira desde a Grande Depressão. A classe média está lutando e isso vai ter impacto em todos os segmentos da sociedade. Este é o resultado de oito anos de política falhas”, afirmou o candidato democrata. Já o republicano preferiu destacar as próximas negociações entre os dois partidos: “Vemos pessoas perdendo seu crédito, seu emprego, sua residência. Mas vemos também republicanos e democratas negociando um pacote, que deve ser transparente”.

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