A detenção na Argentina de um dos supostos líderes de um grupo de seqüestradores que opera no leste do Paraguai levou hoje à libertação de uma menina brasileira de 9 anos, raptada há quatro dias, informou hoje a polícia.
O ex-policial José González Ocampos foi detido ontem, na cidade argentina do Dourado, separada pelo Rio Paraná da paraguaia de Mayor Otaño, no sudeste do país, e levado para Ciudad del Este (Paraguai), a 330 quilômetros de Assunção, na fronteira com o Brasil, onde é investigado por diversos casos de seqüestro.
O depoimento de González levou a uma casa em Presidente Franco, a dez quilômetros de Ciudad del Este, fronteiriça com a brasileira Foz do Iguaçu, onde foram presos outros três membros do grupo, e na qual foi encontrada a menina Kaena Agrizzi, filha de Pedro Anselmo Agrizzi.
Agrizzi, de nacionalidade brasileira e dono de uma das lojas de artigos eletrônicos mais importantes de Ciudad del Este, foi seqüestrado na noite de terça-feira passada, em Foz do Iguaçu, junto a sua filha, mas foi libertado para que juntasse o dinheiro do resgate.
Os detalhes do incidente, que não foi denunciado às autoridades, não eram conhecidos até a libertação da menina.
O grupo exigiu um resgate de US$ 1 milhão, e os seqüestradores foram surpreendidos no momento que baixavam o valor para US$ 500 mil, acrescentou Gamarra, que explicou que González Ocampos é uma das peças principais do grupo comandado pelo brasileiro Valdecir Pinheiro, responsabilizado por dez casos de seqüestro, entre eles o do encarregado de negócios do grupo religioso Moon no Paraguai e o do japonês Hirokazu Ota, libertado em 20 de abril, após 20 dias cativeiro, e o pagamento de US$ 138 mil.