Histórico

Dezoito brasileiros são presos em barco que vinha das Bahamas

Barco havia chegado na manhã de quinta-feira (21). Polícia fechou ruas em Boca Raton e usou helicóptero na caçada aos brasileiros

Dezoito brasileiros estão presos desde a semana passada quando tentavam entrar ilegalmente nos Estados Unidos vindo em um barco na rota Bahamas Flórida. Segundo o advogado Max Whitney, que representa os dois brasileiros que serviam de motoristas para o grupo, todos os integrantes do barco eram do Brasil, foram capturados e agora estão no Broward Transition Center (BTC), em Pompano Beach. Ele não soube informar a origem do capitão do barco e se ele chegou a ser preso.

Os motoristas, que aguardavam em terra a chegada do grupo, disseram ainda que os 16 passageiros do barco seriam levados até dois motéis e de lá seguiriam para outros estados. Entre os destinos do grupo estariam Boston, Nova York e Nova Jersey.

Max Whitney disse ainda que os dois brasileiros podem responder por crime de tráfico humano e, se condenados, pegar de dois a dez anos de prisão em solo americano e depois serem deportados. O advogado lembra ainda que seus clientes ainda podem responder pelo mesmo crime quando voltarem ao Brasil. “Estamos tentando junto à promotoria de imigração que os dois sejam apenas deportados, evitando assim o pior”, acrescentou o advogado

Os dois motoristas brasileiros estavam nos Estados Unidos há dez e oito anos, respectivamente. Um deles, segundo Whitney tem um filho no Brasil. Os dois teriam sido contatados por agenciadores também brasileiros por telefone. “Nesses casos é muito difícil chegar até os mandantes e quem acaba pagando pelo crime são os ‘contratados’”, conta Max.

Max conta que tráfico humano é crime federal e não tem direito à fiança. A polícia americana já estava rastreando o barco desde a saída das Bahamas e deixou que a embarcação aportasse de propósito, porque queriam prender os que esperavam pelo grupo na praia. “Eles querem é chegar até os agenciados, um de nome Silas e outro de nome André”, contou o advogado.

Cada um dos dois brasileiros receberia pelo serviço de transporte dos ilegais cerca de $ 2 mil. Eles afirmaram que era a primeira vez que realizavam a tarefa, mas mesmo assim a polícia está em busca das namoradas dos dois. “Eles acreditam que elas possam estar envolvidas, mas os dois garantiram que as namoradas são inocentes”, lembrou Whitney.

A caçada da polícia americana pelos passageiros do barco virou notícia na semana passada. Várias ruas foram interditadas, carros vasculhados e até um helicóptero foi usado nas buscas. O grupo, assim que deixou o barco, foi dividido — seis seguiram em uma camionete e o restante em uma van. Nem mesmo a tentativa de despistar a polícia levando um grupo para o norte e outro para sul deu certo. Os dois grupos acabaram presos momentos depois que a polícia deu início à caçada.

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