Histórico

Economia é ponto principal de discurso de Obama no Congresso

Presidente pediu união para que país volte a criar empregos e gerar divisas

No seu segundo discurso para o Congresso (State of the Union), o presidente Barack Obama conclamou democratas e republicanos a esquecerem eventuais desavenças políticas em prol do país. “Precisamos trabalhar juntos para criar empregos e gerar divisas para o país, sob pena de assistir à ruína da supremacia americana no mundo. Este é o nosso momento Sputnik”, afirmou o líder da nação, referindo-se ao primeiro satélite artificial soviético, que motivou a entrada dos Estados Unidos na corrida espacial nos anos 50.

A economia, aliás, esteve no centro do pronunciamento de Obama. O ‘State of the Union’, realizado anualmente, sempre em janeiro, e que dá uma ideia do que a Casa Branca pretende no ano que está começando, costuma abordar vários temas. Mas desta vez o presidente tinha um alvo certo e principal: o corte nos gastos públicos por cinco anos, com o objetivo de reduzir o déficit em 400 milhões de dólares na próxima década. “Precisamos investir na recuperação da América. Não podemos ficar para trás”, disse Obama, ressaltando que o caminho para isso está na aposta em tecnologia, ciência e a internet. Ele apresentou ainda uma meta de diminuir em 78 milhões de dólares os gastos militares dos próximos anos.

E a população, pelo visto, aprovou o discurso. Uma pesquisa da CNN mediu a reação do público e 84% dos entrevistados mostraram-se favoráveis à fala de Obama; 71% deles acreditam que o país está no caminho certo e 77% disseram-se mais confiantes e otimistas após escutarem o discurso do presidente. O otimismo também tomou conta do mercado e a semana foi de bons negócios na bolsa de valores.
Outro bom sinal vindo do Congresso foi a presença de adversários políticos sentados lado a lado. Muitos congressistas preferiram ouvir o discurso do presidente ao lado de parlamentares do partido oposto, em vez de assentos em blocos partidários. Além disso, todos usavam fitas brancas na lapela em memória às vítimas do atentado em Tucson, no Arizona. “Vemos um lugar vazio na tribuna, que é o da deputada democrata Gabrielle Giffords. E isso me lembra que todos nós somos parte da família Americana, o que é capaz de superar diferenças”, afirmou Obama.

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