Em um vídeo divulgado hoje, a rede Al Qaeda ameaçou realizar novos atentados nos EUA que farão os americanos “esquecerem os horrores de 11 de Setembro” caso o governo de Washington não retire as tropas das “terras do islã” `países muçulmanos`.
A notícia, vista com atenção pelos Estados Unidos, deve ganhar um tom ainda pior caso seja confirmado que a nova ameaça, divulgada em um vídeo postado na internet, foi feita pelo americano Adam Gadahn, que atua como porta-voz da rede e é acusado em seu país de traição, segundo a rede de TV Al Jazeera (Qatar).
No vídeo, o homem que seria Gadahn aparece de barba e vestindo um turbante, e exige que os EUA retirem seus “soldados e espiões” dos países muçulmanos, assim como deixe de apoiar “moral, militar e economicamente” Israel.
Porta-voz da rede Al Qaeda ameaça atacar EUA em novo vídeo divulgado na internet
O porta-voz disse ainda que o governo de George W. Bush deve também proibir as viagens de cidadãos americanos aos ‘territórios ocupados palestinos”, libertar os prisioneiros muçulmanos e parar de apoiar os governos “apóstatas” de países islâmicos.
“Você e seu povo verão o que é esquecer o 11 de Setembro, o Afeganistão e o Iraque, além da lição da Virgínia”, disse Gadahn, referindo-se ao massacre no Instituto Politécnico da Virgínia, ocorrido em abril, que matou 32 pessoas, no pior ataque a um campus dos EUA.
“Se apenas um soldado ou espião permaneceram na terra do islã, será suficiente para que continuemos nossa jihad contra seu país e seu povo”, acrescentou o porta-voz.
Também conhecido como “Azam, o americano”, Adam Gadahn é um californiano de 29 anos que se converteu ao islamismo durante a adolescência. Os EUA oferecem US$ 1 milhão (R$ 2 milhões) por informações que possam levar à sua detenção. Nascido Adam Peralman, ele cresceu em uma fazenda de criação de cabras nos arredores de Los Angeles.
Ataque
Também nesta quarta-feira, um grupo vinculado à rede Al Qaeda assumiu em um segundo comunicado na internet a autoria da derrubada de um helicóptero americano. Dois pilotos morreram na queda, ocorrida na Província de Diyala, a nordeste de Bagdá.
O comunicado, assinado pelo Estado Islâmico do Iraque –coalizão de oito grupos terroristas liderado pela Al Qaeda–, informa que o helicóptero “foi derrubado `na segunda-feira (28)` na localidade de Al Majisa, onde os dois pilotos cruzados morreram”. “Os soldados do Estado Islâmico atacaram o helicóptero com armas anti-aéreas e o destruíram no ar”, afirma a nota.
O grupo afirma que o ataque ocorreu dentro da “operação de Al Karama `dignidade`, realizada por ordens do xeque Abu Omar al Baghdadi”, identificado como “o emir dos fiéis no Estado Islâmico do Iraque”.
O Exército americano informou na segunda-feira da morte de dois militares na queda de um helicóptero em Diyala. Outros seis soldados morreram no mesmo dia em uma explosão.
Milhares de soldados americanos foram enviados a Diyala para combater a crescente violência na Província, considerado um dos principais redutos da insurgência sunita.
Os mais recentes atentados transformaram o mês de maio no mais sangrento para as tropas americanas no Iraque em 2007, com mais de 110 baixas.
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