Histórico

Escritora brasileira ganha prêmio nos Estados Unidos com livro infantil

Livro mostra a importância das brincadeiras que vão além dos computadores e videogames

A descrição da escritora Mariana Buck que está em seu livro, “As Aventuras de Zandor”, traduz um pouco o que representa essa brasileira do Rio de Janeiro, que mora nos Estados Unidos desde 2005: “Mariana R. Silva-Buck é fotógrafa, escritora e mãe.”

Mariana tem trabalhado com crianças desde a adolescência, como instrutora de colônia de férias, professora de inglês e até de voluntária em um orfanato no Rio de Janeiro, onde ela nasceu e cresceu. Formou-se em Comunicação, pela Universidade de Massachusetts Amherst, nos EUA, e atualmente mora em Wales, naquele estado, com o marido, a filha e seu super herói Zandor.

O amor por crianças, pela literatura e por aprender foram inspirações para escrever o livro “As Aventuras de Zandor”. O livro, com versões em português e inglês, foi premiado com o selo B.R.A.G Medallion, pela IndieBRAG, uma organização americana que promove e reconhece autores independentes.

“As Aventuras de Zandor” conta a história de um cãozinho que se transforma em super-herói para superar seus medos. Toda vez que ele sente vira um super-herói. Quem quiser adquirir um exemplar pode enviar um email para mariana@pinkbotopublishing.com. Confira a seguir a entrevista com a autora:

AcheiUSA

Como surgiu a ideia de trabalhar com livros para o público infantil?
Mariana Buck
“Minha inspiração para escrever este livro veio depois de ver tantas crianças, especialmente crianças pequenas como meu sobrinho de cinco anos, serem tão apegadas às novas tecnologias e não gastarem seu tempo sendo criativos com brincadeiras. Algumas das minhas melhores memórias de quando era criança estão em construir castelos, subir em árvore e brincar de fingir. Hoje, 21% das crianças brincam na rua regularmente, comparadas com 71% das crianças da geração dos seus pais na mesma idade. Eu com certeza quero inspirar as crianças a terem essas experiências também.
De acordo com especialistas, a falta de rotina de contato com a natureza pode ter um grande impacto no desenvolvimento de uma criança. Eu sempe fui apaixonada por crianças e durante a minha adolescência fiz vários trabalhos voluntários com elas, eu e meu pai fazíamos leitura para as crianças de um orfanato no Rio. Meu pai faleceu em 2007 e eu me comprometi a sempre trabalhar com crianças.”

AUConte um pouco da sua história para nós. Qual a sua relação com os EUA?

MB“Eu nasci e cresci no Rio de Janeiro. Meus pais eram professores de português e sempre fizeram da leitura um ritual sagrado na nossa casa, meu pai sempre dizia que conhecimento nunca é demais e é a porta da liberdade, eu acredito que isso seja a mais pura verdade; essa é com certeza a minha maior influência na minha carreira e eu sempre gostei muito de ler e de escrever texto, então para mim, ter a obrigação de ler nunca foi vista com maus olhos.
Quando eu estava cursando a Faculdade de Comunicação no Rio tive a oportunidade de fazer um intercâmbio nos EUA duas vezes, me apaixonei pelo país e resolvi me mudar de vez. Logo depois me casei e no ano seguinte voltei para faculdade, desta vez cursando Artes Visuais. Quando estava prestes a me formar recebi uma bolsa de estudos para continuar a estudar, então eu me formei em Artes Visuais e fui para Universidade de Massachusetts terminar minha Faculdade de Comunicação. O último ano da faculdade foi um ano super difícil, eu fiquei grávida no começo do ano e estava estudando em tempo integral, no verão tivemos um tornado que passou em Massachusetts e destruiu a casa que morávamos. Eu estava com seis meses de gravidez e tivemos que morar na casa de amigos. No fim do verão, retornei à faculdade e tive minha filha no meio do semestre e voltei outra vez duas semanas depois para terminar meu curso. Depois de tudo isso e agora tendo minha filha, decidi que era a hora certa de escrever o livro. A inspiração veio do nosso cãozinho Zandor.”

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