Histórico

Estados Unidos e Brasil fortalecem aliança

Os mandatários assinaram uma série de protocolos e acordos conjuntos, que visam beneficiar os dois países

Barak Obama e Dilma Rousseff

DA REDAÇÃO – O presidente Barack Obama recebeu a presidente Dilma Rousseff em Washington na segunda-feira (9) para continuar o diálogo frutífero sobre a crescente aliança entre Estados Unidos e Brasil em relação a uma ampla gama de assuntos bilaterais, regionais e multilaterais. Os mandatários analisaram o progresso obtido com os três diálogos presidenciais realizados durante a visita do presidente Obama ao Brasil em março de 2011: o Diálogo Econômico e Financeiro, o Diálogo Estratégico sobre a Energia, e o Diálogo de Parceria Global. Os líderes revelaram um novo Diálogo de Cooperação na Defesa a nível presidencial, e também se reuniram com o Conselho de Diretores Executivos dos EUA e Brasil para continuar seus esforços para aumentar os laços comerciais, econômicos, educacionais e de inovação entre os dois países.

Estados Unidos e Brasil desfrutam de uma relação econômica bilateral de muito robusta através de mais comércio, investimentos e cooperação nos campos de infraestrutura da energia, meio ambiente e desenvolvimento sustentável. Durante a visita de Dilma Rousseff, Obama assinalou diversas iniciativas que ampliarão e intensificarão os vínculos comerciais e econômicos, solidificando ainda mais a relação entre as duas maiores democracias e economias do hemisfério ocidental. Os presidentes analisaram ainda os esforços do Diálogo Econômico e Financeiro.

As duas nações desfrutam de uma forte associação em matéria de energia em torno de uma diversidade de assuntos que incluem o petróleo e o gás natural, os biocombustíveis, a eficiência e a energia limpa. De acordo com seu plano específico para um futuro energético seguro, o presidente americano debateu sobre as metas comuns no desenvolvimento para abastecimento seguro de energia, protegidos e de custo acessível para o crescimento econômico, a proteção da energia, e a transição para uma economia de energia limpa. Os governos dos EUA e do Brasil continuarão colaborando para obter a meta de fortalecer nossa relação em energia, aumentar o comércio bilateral de bens e serviços relacionados com a energia, e melhorar a segurança nacional e o compartilhamento da energia.

Parceiros mundiais

Os presidentes conversaram longamente sobre os desenvolvimentos globais e demonstraram satisfação com o progresso sustentado do Diálogo de Parceria Global, inclusive a fase adiantada da cooperação educacional, da cooperação científica e da cooperação trilateral. Os líderes confirmaram seu compromisso em promover a democracia, o respeito aos direitos humanos, a conscientização cultural, e a inclusão social e econômica em todo o mundo.

Estados Unidos e Brasil desfrutam por muito tempo de estreitos vínculos em relação à defesa e à segurança. Nesta ocasião da visita da presidenta do Brasil a Washington, os líderes concordaram em ampliar seu relacionamento de defesa com o estabelecimento de um Diálogo de Cooperação na Defesa a nível presidencial. Eles destacaram a importância do diálogo mais abrangente para tornar possível a cooperação bilateral mais estreita na defensa entre os dois países com base no respeito e na confiança mútuos. Revelaram ainda que o Diálogo de Cooperação na Defesa proverá um forum para a troca de opiniões e a identificação de oportunidades para colaborar em assuntos de defesa em todo o mundo.

Dados sobre a relação econômica Brasil EUA

  • Encontro inaugural da Comissão de Relações Econômicas e Comerciais EUA-Brasil. A Comissão foi criada sob o Acordo de Cooperação Econômica e Comercial (ATEC, na sigla em inglês), concluído no último encontro entre os dois presidentes em Brasília. Durante o primeiro encontro no mês passado, a Comissão concordou em estabelecer um diálogo sobre assuntos de investimento e explorar uma maior cooperação sobre propriedade de direitos intelectuais e inovação, comércio de serviços além fronteiras e pequenas e médias empresas. O próximo encontro da Comissão de Relações Econômicas e Comerciais EUA-Brasil será realizado no Brasil em 2013.
  • Sétimo encontro do CEO Forum EUA-Brasil. O conselho que congrega pesos pesados dos setores público e privado tem como objetivo fornecer recomendações conjuntas aos governos americano e brasileiro sobre fortalecimento dos laços comerciais e econômicos. O Forum saudou os progressos substantivos sobre comércio e cooperação de investimentos, reformas de vistos, investimentos em infrastrutura e aviação civil. A próxima reunião deste grupo está programada para setembro de deste ano no Brasil.
  • O conselho Diálogo Comercial EUA-Brasil é co-presidido pelo Departamento do Comércio dos EUA e pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil. O Diálogo Comercial reportou um amplo leque de envolvimento e troca de práticas que incluem o movimento de pessoas e mercadorias, aperfeiçoamento regulatório, educação, padrões de cooperação e serviços. Em setembro de 2012 haverá uma missão do Conselho de Exportação do Presidente (PEC) para o Brasil. Os membros do PEC se encontrarão com empresários e líderes do governo brasileiros para identificar oportunidades para aumentar o comércio com o Brasil e destacar os benefícios do aprofundamento da parceria econômica.
  • Também houve progresso na promoção de posições comuns sobre assuntos referentes à política econômica global através do Diálogo Econômico e Financeiro (EFD). Esta parceria é um forum efetivo para avançar sobre os interesses compartilhados e identificar as áreas para uma maior cooperação.
  • As bebidas dos dois países terão o merecido reconhecimento. As designações de produtos deverão ser Tennessee Whiskey e Bourbon Whiskey dos Estados Unidos e Cachaça do Brasil. Estas designações deverão criar oportunidades adicionais para o comércio entre os dois países.
  • A assinatura do Acordo de Transporte Aéreo entre EUA e Brasil (“Céus Abertos”), no ano passado, já frutificou, com a assinatura de um Memorando bilateral de Entendimento de Parceria em Aviação (MOU), que fornecerá um forum coordenado para os dois países em setores prioritários da aviação, como cooperação técnica sobre infraestrutura de aviação, transporte aéreo, e tecnologias de gerenciamento de tráfego aéreo.
  • O Órgão de Comércio e Desenvolvimento Comercial dos EUA (USTDA) assinou estudos de viabilidade para diversos projetos de infraestrutura no Brazil, incluindo a modernização dos aeroportos do Rio de Janeiro e aquedutos em Manaus e Fortaleza. O USTDA também pretende investir no custeio de áreas de rede elétrica inteligente, energia limpa, portos, transporte de superfície, e tecnologias de informação e comunicações. E os dois governos fizeram progressos sobre a Iniciativa Conjunta de Sutentabilidade Urbana (JIUS) para catalisar investimentos privados em infraestrutura urbana limpa, promoção do crescimento econômico e criação de empregos locais.
  • O presidente Obama saudou o resultado da conferência do clima das Nações Unidas em Durban, com respeito tanto à operationalização do acordo de Cancun em estabelecer fundação para um novo regime aplicável a todas as partes de 2020 em diante. Ele destacou sua prioridade em continuar a trabalhar conjuntamente com o Brasil para assegurar um resultado bem sucedido na conferência climática das Nações Unidas em Doha, inclusive através do Forum sobre Energia e Clima das Maiores Economias e a cooperação contínua através da Energia Limpa Ministerial e da Parceria de Energia e Clima das Américas para acelerar a transição para a utilização das econômicas energias limpas, menos agressivas ao meio ambiente.
  • Ele reconheceu ainda a iniciativa da Energia Sustentável para Todos do Secretário Gerald a ONU como uma oportunidade para enfatizar a necessidade imperativa de aumentar o acesso à energia e o avanço de eficiência energética e desenvolvimento de energia renovável, notando que os biocombustíveis especialmente podem dar uma importante contribuição para gerar energia limpa e direcionar a mudança climática, inclusive no setor da aviação internacional. Obama saudou o fortalecimento do diálogo entre EUA e Brasil sobre meio ambiente e desenvolvimento sustentável através da adoção de um novo acordo bilateral focado na avaliação do impacto ambiental, monitoramento avançado, análises de risco, e justiça ambiental, e recoheceu o progresso na cooperação bilateral com o Brasil para proteger florestas e reduzir o desmatamento através do Programa de Investimento Florestal.
  • Rio +20 – O presidente Obama sublinhou a importância da vindoura Conferência de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (Rio+20) no Brasil como uma oportunidade para promover crescimento inclusivo e ambientalmente sustentável através da inovação e do amplo engajamento.
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