Histórico

Estúdio investiga hackers norte-coreanos após ter filmes inéditos vazados na web

Computadores pertencentes ao estúdio de cinema Sony Pictures, um dos mais importantes de Hollywood, foram atacados por hackers que vazaram para a rede filmes inéditos. As produções, que tinham suas estreias nos cinemas aguardadas para breve, eram Annie (com Jamie Foxx e Cameron Diaz e estreia prevista para 19 de dezembro), Still Alice (com Julianne Moore e Kristen Stewart e estreia prevista para janeiro), Mr. Turner e To Write Love on Her Arms. Além desses filmes, o longa Fury, estrelado por Brad Pitt e que estreou há pouco nos cinemas, também foi parar na rede, pronto para ser baixado – ilegalmente – de graça. O vazamento dos filmes aconteceu no dia 27 de novembro.

O ataque, além de vazar os filmes, também expôs publicamente dados confidenciais da empresa, incluindo salários e números de Social Security de mais de 6 mil funcionários. O ataque já é considerado um dos maiores sofridos por uma empresa na história dos Estados Unidos.

Possível represália
Investigações conduzidas sobre o caso mostram que as suspeitas recaem sobre hackers da Coreia do Norte. O que teria motivado o crime seria um filme produzido pelo estúdio que, de certa forma, satiriza o país. O longa The Interview, estrelado por James Franco e Seth Rogen, tem enredo que gira em torno de um plano da CIA para assassinar o ditador norte-coreano Kim Jong-un. A notícia de que haveria um filme produzido por Hollywood com essa trama foi mal digerida pela Coreia do Norte. Em entrevista ao jornal britânico The Telegraph, um oficial norte-coreano taxou o filme de simbolizar o “desespero” dos Estados Unidos em relação ao país asiático. Já um site ligado ao governo da Coreia do Norte veiculou nota há poucos dias se referindo ao filme como “um maligno ato de provocação” que merecia “punições severas”.

O ataque à rede corporativa do estúdio forçou seus funcionários a abandonarem seus computadores e trabalharem à base de papel e caneta. Procurada pela Fox News, a Sony se recusou a comentar o ocorrido. Quanto aos filmes que chegaram à rede antes de estrearem nos cinemas, especialistas no mercado cinematográfico ainda não sabem precisar se terão seu faturamento prejudicado pelo incidente.

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