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EUA abrem mercado para carne bovina in natura brasileira

Acordo pôs fim a restrição que já durava 15 anos

EUA abrem mercado para carne bovina in natura brasileira

DA REDAÇÃO (com G1) – Após 15 anos de restrição à carne bovina in natura brasileira por restrições sanitárias, os Estados Unidos abrirão o mercado para o produto, conforme negociação divulgada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento informou na segunda-feira (30). Os Estados Unidos são reconhecidos pela severa restrição ao ingresso de produtos no seu mercado doméstico.

Ao todo, o Distrito Federal e mais 13 estados brasileiros que estão livres de febre aftosa com vacinação e que podem se habilitar para exportar carne bovina in natura aos Estados Unidos: Tocantins, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Sergipe.

Na interpretação da ministra da Agricultura, Kátia Abreu, essa decisão do governo Barack Obama é como “ter uma senha” para o acesso a outros mercados. “É o céu que se ilumina”, afirmou.

A medida favorece a 95% da agroindústria exportadora brasileira, mas, segundo o Mapa, agora cabe aos estados brasileiros e ao DF se habilitarem para a venda de carne in natura ao mercado norte americano. “Temos que persistir obstinadamente em praticar uma defesa agropecuária de forma permanente. Vamos trabalhar para que o Brasil se situe entre os cinco países do mundo como referência agropecuária”, disse a ministra.

Para a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), a liberação abre o leque para que Mato Grosso diversifique o mercado de compradores. O Estado é o maior criador de gado do país, com 28,5 milhões de cabeças e, conforme a associação, tem condição de atender à demanda pelo produto.

De acordo com o presidente Acrimat, José João Bernardes, a qualidade da carne mato-grossense deve ser compatível com as exigências do mercado americano e a disponibilidade de um novo comprador oferece maior tranquilidade para as indústrias de Mato Grosso na negociação do rebanho. “Com isso, o produtor pode se beneficiar com os preços praticados”, destaca.

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