Washington nega que incidente em Londres represente atentados aos americanos
O governo dos Estados Unidos está encorajando os americanos a permaneceram mais vigilantes em relação à atividades suspeitas depois de que a polícia britânica desarmou uma bomba em Londres. Porém, oficiais americanos dizem que não existem ameaças terroristas potenciais nos EUA antes ou depois da semana do feriado da Independência americana, em 4 de julho.
“Até este momento, não vi nenhuma informação específica sugerindo que este incidente está conectado com alguma ameaça à nossa terra natal”, disse o secretário de segurança dos Estados Unidos, Michael Chertoff, em comunicado.
“Não temos planos no momento para mudar o nível de alerta de ameaças americano, disse. O nível atual nacional de ameaças é o amarelo ou elevado, que significa que existe algum tipo de “risco significativo” para ataques terroristas.
“Nós encorajamos a população a participar das comemorações do próximo feriado, mas de modo vigilante e sempre reportar qualquer atividade suspeita às autoridades”.
O presidente George W. Bush foi informado do incidente em Londres pelo conselheiro de Segurança Nacional americano, Stephen Hadley, na propriedade da sua família em Maine, onde Bush se receberá o presidente russo, Vladimir Putin, no próximo domingo.
“Nós elogiamos o Serviço Secreto britânico e seus oficiais locias pela atuação desta sexta. Oficiais americanos estão em contato com representantes do Reino Unido e continuarão a monitorar a situação”, disse Gordon Johndroe, porta-voz do Conselho Nacional de Segurança americano.
A Polícia encontrou quantidades “significativas” de gasolina, bujões de gás e pregos no interior de um Mercedes cinza metálico estacionado em Haymarket, informou hoje o chefe da brigada antiterrorista da Scotland Yard, subcomissário Peter Clarke.
Se os explosivos tivessem sido detonados, teriam deixado vários mortos e feridos, segundo Clarke.
O FBI distribuiu um boletim para definir as ações dos seus funcionários em todo o país nesta sexta. O boletim dizia que enquanto as festividades de 4 de julho podem ser um alvo atrativo para terroristas, embora autoridades não acreditem que algum ataque esteja sendo planejado.
O carro-bomba desativado no centro de Londres seria detonado por telefone celular, declararam fontes policiais à rede britânica
Sky News.
O acontecimento desta sexta ocorre dias antes do segundo aniversário dos atentados de 7 de julho de 2005 e coincide com a chegada ao poder de Gordon Brown, que, na quarta-feira, substituiu Tony Blair à frente do governo britânico.