Histórico

EUA celebram dia da Independência com segurança reforçada

As celebrações deste 4 de julho, dia da Independência americana, ocorrem nesta quarta-feira nos Estados Unidos com segurança reforçada após os atentados terroristas frustrados no Reino Unido. O dia também marca a conquista da cidadania de milhares de imigrantes, pouco depois da derrota da reforma migratória no Congresso dos EUA.

Em Washington D.C., a segurança foi aumentada no National Mall, onde organizadores tentaram tranqüilizar visitantes que chegavam para comemorar o feriado. Centenas de funcionários de emergência foram colocados em atividades hoje, segundo autoridades. Um helicóptero da polícia deverá monitorar multidões e os oficiais foram orientados a checarem veículos com qualquer sinal suspeito.

Desde os ataques de 11 de setembro nos EUA, o National Mall é cercado no 4 julho e os visitantes são obrigados a passarem por postos de checagem de segurança. Após três tentativas de atentado frustradas no Reino Unido na última semana –duas em Londres e uma em Glasgow, na Escócia– os americanos aumentaram a vigilância no país.

As celebrações de hoje incluem um desfile na avenida Constitution, um concerto da Orquestra Sinfônica Nacional no Capitólio e um show de fogos de artifício de 20 minutos.

Em Nova York, os fogos de artifício do 4 de julho estão entre os maiores do país, e neste ano acrescentaram uma novidade: fogos que explodem na água em vez de no ar. Os fogos náuticos serão expostos na superfície do East River.

Iraque

O presidente dos EUA, George W. Bush, aproveitou a data para pedir aos americanos que tenham paciência com o progresso da ação no Iraque.

Em seu discurso de 4 de julho, o presidente defendeu o aumento do número de tropas americanas no Iraque e disse que a vitória irá requerer “mais paciência, mais coragem e mais sacrifício”.

Carolyn Kaster/AP

Em discurso de 4 de julho, Bush pede aos americanos mais paciência com Iraque
“Não importa o quão difícil seja a luta no Iraque, nós temos que vencer”, disse Bush a uma platéia na Guarda Nacional Aérea de West Virginia. “Temos de vencer pelo nosso próprio bem. Pela segurança de nossos cidadãos, temos que apoiar as tropas. Temos que apoiar o governo do Iraque e que derrotar a `rede terrorista` Al Qaeda.”

Cerca de 2.000 pessoas, incluindo membros da Força Aérea e suas famílias, foram convidados para o evento.

Do outro lado do Estado, o grupo Patriotas pela Paz de West Virginia, que é crítico do governo Bush e da guerra no Iraque, organizou um protesto contra o evento fechado do presidente.

“Este é um evento isolado, e o público precisa saber disso. Não vamos deixar esse homem `Bush` vir aqui sem nenhuma voz para dizer as coisas a ele”, disse o reverendo Jim Lewis, membro do grupo.

Depois do discurso, Bush voltou para a Casa Branca para assistir a queima de fogos.

Imigrantes

Antes do começo dos fogos, milhares de imigrantes deverão ganhar a cidadania americana durante cerimônias especiais em todo o país.

Apesar de as cerimônias de cidadania do 4 de julho serem um evento anual, oficiais observaram um aumento nos pedidos neste ano, segundo o Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA.

Houve mais de 110 mil pedidos de naturalização no serviço apenas em abril –quase o dobro dos 66.039 pedidos em abril de 2006. Nesta semana, o governo estima que mais de 4.000 pessoas deverão receber a cidadania americana.

Na semana passada, o projeto de lei de reforma migratória sofreu um duro golpe no Senado americano, onde pela segunda vez em um mês os legisladores rejeitaram limitar o debate e realizar sua votação definitiva.

Com um resultado final de 46 votos a favor e 53 contra em uma votação para limitar o debate a 30 horas, a iniciativa ficou muito longe de conseguir os 60 votos necessários para superar o obstáculo.

O projeto, que contava com o apoio do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, fica sem outra possibilidade de seguir adiante, já que o líder da maioria democrata, Harry Reid, disse que retiraria a iniciativa se ela não alcançasse os votos necessários. Esta é a segunda vez que o plenário do Senado vota contra limitar o debate sobre a reforma.

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