Jeh Johnson (foto) verificou como estão os postos da fronteira e conversou com parlamentares da região e funcionários
DA REDAÇÃO COM AP — O secretário de Segurança Nacional, Jeh Johnson, disse na terça-feira (21) em uma visita à fronteira entre Texas e México que o aumento de imigrantes de países diferentes ao vizinho do sul que cruzam a fronteira sem permissão legal representa um desafio para seu departamento.
“A impressão que tenho hoje é que temos de vigiar continuamente as tendências nas travessias da fronteira”, disse Johnson na Ponte Internacional Anzaldúas. “Precisamos continuamente tentar mantermos um passo adiante quando se trata das tendências, tendências emergentes”.
Enquanto as detenções de cidadãos mexicanos se mantiveram quase sem mudanças no ano passado, as detenções de imigrantes de outros países, entre eles Guatemala, El Salvador e Honduras, aumentaram 55%, segundo os dados publicados na semana passada pelo Gabinete de Aduanas e Proteção da Fronteira.
Johnson, que foi confirmado pelo Senado para dirigir o Departamento de Segurança Nacional em dezembro, não deu detalhes sobre estes desafios, mas no último ano, o crescente fluxo de imigrantes —sobretudo da América Central— sobrecarregou em alguns momentos os postos da Patrulha da Fronteira no sur do Texas, onde foram gerados congestionamentos nos processamentos, além de enfrentar outros problemas logísticos. A Patrulha da Fronteira do setor do Vale do Rio Grande, que abrange a parte mais ao sul do Texas, se converteu no segmento mais ativo da travessia ilegal da fronteira sudoeste e recebeu pessoal e tecnologia adicionais no ano passado.
“Temos de avaliar continuamente se precisam de mais recursos”, disse Johnson.
A Patrulha da Fronteira realizou 420.789 detenções no ano fiscal que terminou em setembro. Isto representa um aumento de 16% em relação ao ano anterior mas ainda 42% abaixo do de 2008. Agentes no Texas fizeram 235.567 destas prisões.
No setor do Vale do Rio Grande, os imigrantes procedentes de países diferentes do México constituíram a maioria das prisões.
Johnson disse que passou o dia percorrendo as operações de segurança nacional na região, inclusive viagens com os agentes que patrulhavam o rio Bravo e uma visita a um centro de detenção.
Além da segurança na fronteira, Johnson disse ser importante facilitar o comércio.
Ele se reuniu com dois deputados do Texas e vários funcionários locais que durante anos sustentaram que os portos da zona de entrada precisam de mais funcionários de alfândega para que o tráfego de veículos flua bem.
A lei de recursos assinada pelo presidente Barack Obama na semana passada incluiu o financiamento para contratação de mais 2.000 funcionários da alfândega com a missão de monitorar os 329 portos de entrada do país. Já há mais de 21.000 funcionários da alfândega.
Antes de se reunir com Johnson, o parlamentar Henry Cuellar, democrata por Laredo, disse que o Departamento de Segurança Nacional tem um modelo de pessoal que será utilizado para determinar onde serão baseados os novos funcionários. No ano passado, quando Cuéllar estava discutindo o financiamento de cerca de 1.800 funcionários, o órgão disse que podia esperar que 200 deles estivessem localizados nos portos de entrada do sul do Texas, desde Laredo até Brownsville. Disse que espera receber logo um cálculo atualizado.
“Temos de nos assegurar que possuímos uma participação justa”, disse Cuellar.
Johnson prevê realizar uma visita similar a Tucson, Arizona, hoje (22).