Histórico

EUA confirmam morte de principal líder rebelde no Iraque

Abu Musab Al Zarqawi, líder da Al Qaeda no Iraque, foi morto nesta quinta-feira em um ataque aéreo realizado pelo Exército americano.

O Exército dos Estados Unidos confirmou nesta quinta-feira(8) a morte do principal líder da insurgência iraquiana, o terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi, também considerado líder da rede terrorista Al Qaeda no Iraque, conforme informações divulgadas pelo jornal Folha de S. Paulo.

O terrorista sunita Al Zarqawi — principal inimigo dos EUA no Iraque, e por quem o Pentágono oferecia US$ 25 milhões — morreu em um ataque aéreo ocorrido em Diyala, região conflituosa ao nordeste de Bagdá. A ação contou com a ajuda da polícia iraquiana.

O presidente dos EUA, George W. Bush, disse que a morte do terrorista é “um duro golpe contra a rede Al Qaeda, e uma vitória para a luta dos EUA contra o terrorismo”.

O anúncio da morte do terrorista, feito na TV iraquiana pelo primeiro-ministro Nouri al Maliki, causou euforia entre membros dos governos americano e iraquiano, e foi acompanhado de aplausos e gritos de comemoração. Imagens de TV também mostraram policiais iraquianos dançando nas ruas da capital Bagdá, enquanto seguravam suas armas.

De acordo com informações do comandante-em-chefe das tropas americanas no Iraque, George Casey, Al Zarqawi — responsável pela maioria das ações terroristas e seqüestros de civis estrangeiros naquele país — foi identificado por meio de suas digitais. A morte do diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello, em agosto de 2003, é uma das ações atribuídas ao ao jordaniano.

O ataque aéreo foi realizado às 18h15 (10h15 de quarta-feira, no horário de Washington) contra o esconderijo Al Zarqawi em Hibib, local onde também estaria vários de seus ajudantes, segundo os EUA. Casey não especificou quantos aviões participaram do bombardeio, mas disse haver ao menos outros sete mortos, supostos ajudantes de Al Zarqawi.

Hibib é uma aldeia situada cerca de 30 quilômetros ao noroeste de Baquba, capital de Diyala, província considerada reduto da insurgência sunita que luta contra a ocupação americana e contra as autoridades iraquianas, as quais consideram “parceiras dos EUA”.

De acordo com informações de testemunhas, a operação durou várias horas e produziu um estado de caos na área do ataque.

A ministra britânica das Relações Exteriores, Margaret Beckett, foi cautelosa em seu comentário, dizendo que “ainda é muito cedo para dizer que a morte de Al Zarqawi constitui um ponto de mudança definitivo na situação do Iraque”.

Pouco antes, o premiê Tony Blair afirmou que a morte do líder dos rebeldes no Iraque era uma ótima notícia, que representa um golpe contra a Al Qaeda no território iraquiano e em todas as partes do mundo.

“É muito importante para o Iraque, porque um golpe contra a Al Qaeda no Iraque é um golpe contra a Al Qaeda em todas as partes”, acrescentou Blair, segundo seu porta-voz.

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