Histórico

EUA devem mudar estratégia no Afeganistão

Comandante admite que precisará de mais soldados na guerra. Só este ano, 295 militares americanos morreram em combate

O general Stanley McChrystal, principal comandante dos EUA e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no Afeganistão, admitiu que a estratégia adotada pelos Estados Unidos naquele país “não está funcionando”. Segundo o militar, a situação é “grave” e o enfoque das tropas deve ser na proteção população e não no confronto com militantes islâmicos. Só este ano 295 soldados americano já morreram em combate.

No relatório, o comandante insinua que será necessário um aumento do número de militares no Afeganistão. “A população perde cada vez mais a confiança nas tropas estrangeiras, já que as ações não contribuem para melhorar as condições de vida no país”, afirma McChrystal, que acredita mudanças na estratégia podem trazer sucesso para a empreitada americana no país. Ele assumiu o comando no Afeganistão em 15 de junho e prevê que é preciso ao menos três anos para que os militares afegãos possam assumir a responsabilidade de garantir a segurança da sociedade.

O presidente Barack Obama classificou o conflito no Afeganistão como um dos pilares de sua política externa, mas apenas 49% dos americanos pensam que a guerra vale a pena. Por isso, é pouco provável que os EUA assumam um maior comprometimento com a situação afegã, seja enviando mais tropas, seja liberando mais verbas.

Durante o ano, o número de soldados estrangeiros aumentou notavelmente no país asiático – o contingente americano dobrou – chegando a mais de 100 mil militares. McChrystal pede uma reorganização das tropas no país, de modo que mais soldados estejam nas zonas mais densamente povoadas, especialmente nas cidades.

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