Histórico

EUA devem sair do Afeganistão no ano que vem

Secretário de Defesa, Leon Panetta, afirmou que em meados de 2013 não haverá mais participação militar naquele país

O secretário de Defesa. Leon Panetta, disse ao The Washington Post que os EUA encerrarão suas opoerações de combate no Afeganistão até metade do próximo ano: “Este prazo significa mais de ano antes do previsto”.

Seu comentário refletiu um crescente sentimento dentro do governo Obama de que o procedimento adotado no Iraque, onde o encerramento oficial das operações de combate veio 16 meses antes da retirada final das tropas americanas, prevista para dezembro, pode servir como um modelo a ser seguido para diminuir as operações no Afeganistão. Isto é bastante significativo. E politicamente devemos considerer, que dá ao presidente Obama a capacidade de afirmar – em seu discurso na convenção do partido no início de setembro – que as duas guerras herdadas por sua administração estão caminhando par ao fim.

Os republicanos, é claro, criticaram a medida. Em Nevada, Romney disse à NBC: “Seu secretário de Defesa disse que num certo dia, no meio de 2013, estaremos tirando nossas tropas de combate do Afeganistão, então o Taliban ouve isto, os paquistaneses ouvem isto, os líderes afegãos ouvem isto. Qual o motivo de avisar o inimigo e dizer a eles a data que estaremos tirando nossos soldados?”

Romney acrescentou: “Isto não faz sentido. Sua ingenuidade está colocando em risco a missão dos Estados Unidos da America e nossos compromissos com a liberdade. Ele está errado. Precisamos de uma nova liderança em Washington.”

O senador John McCain também criticou o anúncio, embora a crítica tenha sido relativamente discreta para os padrões de McCain: “É muito constrangedor que o governo continue a reassugurar aos nossos inimigos que os Estados Unidos estào ansiosos para deixar o Afeganistão em vez de vencer.”

O desacordo entre os dois partidos é conhecido no que se refere ao assunto guerras (tanto a do Iraque como a do Afeganistão): o receio da divulgação de uma data antecipadar publicamente. Entretanto quem vai julgar se a divulgação do anúncio foi inapropriada serão os eleitores, na primeira terça-feira de novembro deste ano.

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