Histórico

EUA e Rússia abrigam maioria de sites de pornografia infantil

Os Estados Unidos e a Rússia abrigam a maior parte dos sites de pornografia infantil, afirmou um grupo britânico de monitoramento da Internet que identificou a Grã-Bretanha como um dos países com os melhores registros no combate a esse tipo de crime.

A Internet Watch Foundation (IWF) relatou na terça-feira que cerca de pouco mais de metade (51 por cento) do material envolvendo pornografia infantil teve origem nos EUA e 20 por cento, na Rússia.

Já a Grã-Bretanha abriga apenas 0,2 por cento do conteúdo potencialmente abusivo. Em 1997, esse número era de 18 por cento.

“A Grã-Bretanha beneficiou-se de um esforço conjunto da indústria da Internet, que tenta tirar do ar esses sites, e das autoridades, que dão mostras de determinação no combate ao problema”, afirmou Peter Robbins, da IWF.

“Ali, os provedores são informados sobre o conteúdo ilegal e recebem ordens para tirá-lo do ar. Além disso, o governo fez sua parte, ao promulgar uma lei rígida sobre o caso”, afirmou à Reuters Robbins, diretor executivo do grupo.

Novas leis aprovadas em 2003 introduziram o princípio da inversão do ônus da prova — os acusados é que têm de provar que são inocentes se material obsceno for encontrado em seus computadores.

As autoridades britânicas também se empenharam em prender e condenar as pessoas identificadas na Operação Um, um esforço policial além-fronteiras que teve por alvo os consumidores de imagens de pornografia infantil.

O fato de os EUA terem uma proporção tão alta de sites com material abusivo explica-se em parte porque o país possui um grande número de usuários de Internet, de servidores e de provedores.

A forma de atuação das autoridades policiais norte-americanas também difere daquela das britânicas. Nos EUA, a polícia costuma identificar as pessoas responsáveis ao permitir que os sites continuem em atividade durante algum período. Na Grã-Bretanha, os sites são tirados do ar e os responsáveis são identificados depois.

Já no caso da Rússia, segundo Robbins, o problema é a ausência de um órgão centralizado para assumir a dianteira no combate ao problema. Segundo o membro da IWF, tampouco há no país um número de telefone dedicado exclusivamente a receber denúncias sobre sites de pornografia infantil.

No total, mais de 31 mil sites com material abusivo foram tirados do ar desde 1996, ano em que a IWF foi criada.

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