A maioria dos eleitores acredita que uma mulher tratará de temas de política interna, como educação, saúde e previdência social, melhor que um homem
Ao mesmo tempo em que dois terços dos eleitores americanos dizem que o país está pronto para ser governado por uma mulher, uma nova pesquisa de opinião pública mostra a senadora Hillary Rodham Clinton numa disputa apertada pela Casa Branca com os republicanos John McCain e Rudolph Giuliani.
A maioria dos eleitores acredita que uma mulher tratará de temas de política interna, como educação, saúde e previdência social, melhor que um homem, e só se sairia pior como comandante supremo das Forças Armadas, mostra pesquisa do Instituto Siena Research, encomendada pelo grupo de jornais Hearst.
“Três fatores convergem para nos trazer a este momento na opinião pública americana”, disse o diretor do instituto e professor de estatística Douglas Lonnstrom. “O aumento da aceitação do conceito de uma mulher presidente, as baixas crescentes na guerra impopular no Iraque e o fato de haver uma candidata facilmente reconhecível, uma senadora e ex-primeira-dama”.
A pesquisa, por telefone, entrevistou 1.120 eleitores por todo o país, entre os dias 5 e 9 de fevereiro. A margem de erro é 2,9 pontos porcentuais. Os resultados mostram que 66% dos americanos acreditam que o país está pronto para uma mulher presidente, sobre 64% em 2006 e 62% em 2005.
Mesmo com 33% afirmando que o país não está pronto para ter uma governante mulher, 81% dos eleitores disseram que votariam numa mulher presidente, acima de 79% em 2006.
Referindo-se especificamente a Hillary Clinton, Lonnstrom acredita que as pesquisas de opinião tendem a subestimar o potencial eleitoral da senadora, porque muitos eleitores dela tendem a esconder a opção. “Os apoiadores de Hillary têm medo de se manifestar, porque quem é contra Hillary é muito contra Hillary”, afirma. “Creio que há muita gente que esconde que vota nela”.
Se a eleição fosse hoje, 45% votariam em Hillary contra McCain, que teria 44%. Já se a senadora disputasse contra Giuliani, ela ficaria com 44%, contra 45% do ex-prefeito de Nova York.