Os Estados Unidos teriam um impacto econômico total de $329 bilhões e criaria 1,4 milhão de empregos até 2030 se for aprovada a Lei Dream, que tenta legalizar jovens indocumentados, revelou esta semana um novo estudo.
Uma análise do liberal Centro para o Progresso Americano (CAP) destacou que a regularização de 2,1 milhões de jovens elegíveis incrementaria o consumo de $148 bilhões em casas ou automóveis, além de $181 bilhões em outros itens.
Isto é algo que sabíamos de maneira intuitiva, mas agora temos os dados para respaldar, disse o prefeito de Los Angeles, Antonio Villaraigosa.
A Lei Dream, aprovada na Câmara de Deputados em 2010 e bloqueada pelos republicanos no Senado, criaria um caminho para a cidadania para jovens indocumentados que estudem numa universidade ou se comprometam a alistar-se nas forças armadas.
São americanos em todos os sentidos, menos no papel. As esperanças destes jovens estão restritas porque, embora não tenham culpa, não possuem status legal, admitiu Villaraigosa.
Embora o presidente Barack Obama tenha anunciado um Programa de Deferred Action (suspensão de deportações) de até 1,7 milhão de jovens, trata-se de uma ação temporária de dois anos que não oferece a possibilidade de uma legalização plena, com exceção de permissões de trabalho.
O estudo do CAP destaca que a Lei Dream aumentaria a coleta de impostos a nível federal e estadual em $5,6 bilhões, na medida em que os jovens indocumentados possam ir entrando na mão de obra formal da economia americana.
Outros $4.6 bilhões seriam recolhidos a nível federal pelo pagamento de impostos das empresas.