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FDA propõe que alguns medicamentos sejam vendidos sem receita médica

A agência responsável pelo controle de medicamentos e alimentos está considerando a idéia de permitir a pacientes que tomam remédios de rotina serem consultados por um farmacêutico.

Durante anos, os consumidores tinham duas opções na farmácia. Ou iam com uma receita médica ou precisavam se contentar com remédios mais fracos vendidos nas pratleiras.

Agora a Food and Drug Administration (agência responsável pelo controle de medicamentos e alimentos nos EUA) está considerando criar uma nova opção, uma classe de remédios nomeada como medicamentos atrás dos balcões. Isto permitiria aos consumidores comprar remédios de rotina que podem incluir pílulas anticoncepcionais, remédios contra colesterol e dor de cabeça sem uma receita–desde que conversem antes com um farmacêutico.

Evidentemente, os médicos não estão nada satisfeitos com a novidade, temendo perder o controle sobre os pacientes. E alertam sobre os riscos da automedicação, que pode provocar sérios problemas aos pacientes. Alguns farmacêuticos, por sua vez, acham uma excelente solução, conforme lembrou um leitor do Sun Sentinel: “Tenho sido farmacêutico há mais de 20 anos e não entendo porque a mesma pílula anticoncepcional que vendia há 20 anos por US$6.99 a caixa e agora custa $30.99”.

“Acreditamos que certos medicamentos mais fracos, mas que estão apenas disponíveis após consulta, podem ser vendidos depois de uma consulta com o farmacêutico. Isto aumentaria bastante o acesso dos pacientes”, analisou Ilisa Bernstein, diretora de assuntos farmacêuticos da FDA.

Os medicos, porém, contestam a decisão, ao dizer que é perigosa para os consumidores. “Os pacientes não são médicos. Permitir às pessoas autodiagnosticarem-se e se tratarem por conta própria não é melhor alternativa para elas”, diz o Dr. Anmol Mahal, gastroenterologista e presidente da California Medical Assn., entidade que congrega profissionais médicos.

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