Técnico está de volta com a difícil missão de devolver prestígio ao Alviverde de São Paulo
Paciência à torcida. Foi o que Luiz Felipe Scolari pediu aos torcedores no primeiro pronunciamento oficial como novo treinador do Palmeiras, na manhã desta quinta-feira, na Academia de Futebol. O contrato vale até dezembro de 2012.
“Não vai ser fácil. O presidente (Luiz Gonzaga Belluzzo) sabe, o Cipullo (Gilberto, vice-presidente) também sabe. Vamos precisar ter paciência, como tivemos em 1997, quando começamos. Quando se monta um projeto, os frutos não acontecem da noite para o dia, mas no decorrer do trabalho. Quando comecei em 1997 a situação também era duvidosa, todo mundo se envolveu e conquistamos objetivos importantes”, disse Felipão.
Ele assumiu pela primeira vez em 1997, mas só conquistou o primeiro título importante em 1998, a Copa do Brasil. Em 1999 levantou a Libertadores e deixou o clube em meados de 2000.
Cleiton Xavier deixa o Palmeiras
O treinador agradeceu a Belluzzo, pelo esforço que fez para contratá-lo, e a Cipullo, com quem trabalhou entre 97 e 2000. O técnico, porém, já recebeu uma má notícia logo ao assumir: o meia Cleiton Xavier foi vendido ao Metalist, da Ucrânia. A negociação foi feita pela Traffic, parceira do Palmeiras, que detém a maior parte dos direitos econômicos do atleta. O Palmeiras deve receber cerca de 20% dos lucros da transação.
“A situação do Cleiton já estava definida antes de eu assumir. Como o Diego Souza, que também perdi (foi emprestado pela Traffic ao Atlético-MG). Mas acho que a parceira fará um carinho para mim e contratará um ou dois jogadores. Mas não estou aqui para ficar pedindo reforços. Vamos trabalhar também para revelar talentos, como fizemos em 1997”, disse Felipão.
Scolari chegou sem a mesma pompa do atacante Kleber, apresentado pouco mais de um mês atrás. Ao lado do treinador estavam dirigentes da seguradora Unimed, do banco Banif e da empresa de laticínios Parmalat, que bancarão parte de seu salário de R$ 700 mil mensais. Felipão será garoto-propaganda dessas três marcas e o nome delas aparecerá na camisa que o treinador usará em treinos e jogos.
Felipão também negou que vá trabalhar em conjunto com a seleção brasileira. O treinador afirmou que sua atenção será exclusiva ao Palmeiras e, caso sua participação seja pedida em algum outro projeto, conversará antes com o presidente Luiz Gonzaga Belluzzo.
