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Flórida libera maconha para uso médico

Governador Rick Scott assinou lei na segunda (16) que pode beneficiar 125 mil pessoas no estado

AP
Flórida libera maconha para uso médico

DA REDAÇÃO COM REUTERS – O governador da Flórida, Rick Scott, assinou na segunda-feira (16) lei que permite o uso limitado de uma dose baixa de maconha no tratamento de epilepsia e outras doenças. Estima-se que cerca de 125 mil pessoas na Flórida possam ser beneficiadas a partir do ano que vem com os novos medicamentos no mercado. O projeto de lei foi aprovado por 111-17 votos na câmara estadual e 30-9 votos no senado.

O governo aprovou a lei depois de inúmeros apelos de pais que buscam no remédio chamado “Charlotte’s Web” alívio para as crises de epilepsia de seus filhos. O projeto estava pronto há mais de um mês no aguardo da assinatura do governador. “Como pai e avó, você nunca quer ver uma criança sofrer”, disse ele em argumento à sua decisão de apoiar o projeto. “Estou feliz de poder ajudar essas famílias a proporcionar o melhor tratamento possível para seus filhos”, complementou.

A lei – “Compassionate Medical Cannabis Act” – impõe uso restrito da maconha em medicamentos e a venda deles. O governador fez questão de ressaltar que a Flórida não vai seguir o caminho do Colorado e de Washington, onde a maconha foi legalizada para uso recreativo. Na Flórida, remédios contendo baixas doses de tetrahydrocannabinol (THC) – elemento da maconha que causa alucinações – será liberado apenas para pessoas que sofrem de epilepsia, câncer e da síndrome Lou Gehrig, um tipo de esclerose.

A partir de 1 de janeiro de 2015, médicos no estado poderão prescrever esses medicamentos. A lei também prevê o investimento de $1 milhão em pesquisas sobre o uso da maconha em remédios. Somente produtores que já trabalham no ramo de agricultura a mais de 30 anos poderão ser liberados para cultivar a planta.

Vinte estados e o distrito de Columbia tem algum tipo de lei que permite o uso da maconha para fins medicinais.

“Isso foi um grande passo para o futuro uso da maconha em medicamentos no estado”, disse o editor do Floridamarijuanainfo.org, David Cohn. “Mas é importante salientar a importância dessa lei para as pessoas que sofrem de doenças degenerativas, e os pontos positivos e negativos associados com isso”, disse.

Somente médicos com licença para trabalhar na Flórida poderão prescrever remédios contendo THC. Ele deve ainda adicionar o paciente a uma lista estadual de usuários. A única forma de remédio a ser produzido com elementos da maconha deve ser em forma de óleo.
Um dos pontos negativos da lei é que pacientes com HIV/Aids, Alzheimer, demência e deficiência mental não serão contemplados.

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