Histórico

Focus Brasil retrata a comunidade brasileira no Exterior

Vários painéis servem para debater as questões de interesse da diáspora brasileira

Antonio Tozzi

Carlos Borges

Nascido há oito anos com o propósito de se transformar em um evento voltado para a discussão de temas de interesse da comunidade brasileira do sul da Flórida, o Focus Brasil foi ganhando corpo e hoje é a principal caixa de ressonância da comunidade brasileira que vive fora do Brasil.

Após se consolidar em termos de Flórida e depois de Estados Unidos, o evento acabou atravessando fronteiras e hoje é realizado também em Londres e em Tóquio de forma a abranger os brasileiros que vivem nos continentes europeu e asiático. E ainda há muito mais para vir!

A fim de dar uma ideia do grau de percepção do Focus Brasil em termos mundiais, o AcheiUSA conversou com Carlos Borges, idealizador do evento, que acabou viabilizando-se graças aos patrocínios de grandes empresas brasilerias como Banco do Brasil, Latam (fusão de TAM e LAN) e TV Globo, com apoio do Consulado Geral do Brasil em Miami, do Ministério do Exterior e do Ponto de Cultura de Broward, instalada no Broward Center for the Performing Arts (BCPA). Aliás, é nas instalações do próprio BCPA que o evento é realizado anualmente em Fort Lauderdale, no início do mês de maio.

AcheiUSA – Depois de oito anos de Focus Brasil, como você avalia o evento?
Carlos Borges – Creio que evoluímos bastante, aprendemos e seguimos aprendendo com nossas constantes mudanças e tentativas sempre de seguir a direção correta em função dos temas e interesses brasileiros. A expansão dos eventos para outros países foi também uma conquista muito importante.

AU-Em comparação com os anos anteriores, qual o grau de sucesso da edição 2013?
CB- Há muitas maneiras de se aferir ou determinar o sucesso de um evento. O interesse dos segmentos envolvidos pelos diferentes painéis é um deles. Nesse aspecto, o Focus 2013 registrou um crescimento de 40% no volume de registros e de 30% na audiência real. É um número importante e de certa forma inesperado, já que o ciclo normal de crescimento desse tipo de evento raramente supera os 20% ao ano. Em oito anos, o volume de participantes registrados pelo Focus, sem contar os “walk ins”, cresceu mais de dez vezes.

AU- De que maneira a expansão do evento para outros países ajudou a aumentar a credibilidade do Focus Brasil?
CB- Acho que quando você expande para comunidades brasileiras expressivas como Japão e Reino Unido, está-se reafirmando essa mensagem de compromisso com os brasileiros e o Brasil em todas as partes onde haja interesse e relevância. Acredito que ajudou sim, como vai ajudar o novo ciclo do Focus Brasil voltado para o meio acadêmico, que estreamos em abril com a Universidade de Pittsburgh e que acontecerá ainda este ano com as universidades de Harvard, New York, Miami e do México.

AU- Você considera esse formato ideal?
CB- Na verdade, o formato ideal não existe de forma rígida. Cada Focus tem um modelo diferente, ajustado às demandas dos diferentes públicos locais. E nós somos “mutantes”, sempre buscando estar alinhados com o que o público quer. Estamos sempre muito atentos a isso.

AU-Existe a ideia de levar o Focus a outros locais… ao Brasil, por exemplo?
CB- Além dos Focus U-Circuito, que iniciamos em Pittsburgh e faremos em mais quatro universidades até o final de 2013, pretendemos estrear o Focus em Berlim. Um Focus Brasil em São Paulo está já sendo planejando, mas aí com um enfoque diferente, levando para o Brasil, o que está sendo feito de arte e cultura, por brasileiros no exterior.

AU- Quais os números do Focus Brasil?
CB- O Focus Brasil congrega centenas de lideranças dos mais diversos segmentos de atuação brasileira nos países onde é realizado. São mais de 1.500 congressistas, globalmente, milhares de estudantes de português. Para quem tem foco em assuntos brasileiros no exterior, são numeros expressivos, em permanente expansão.

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