Presidente, porém, afirma que vai lutar por reforma
Em pouco mais de dois anos de governo, a administração de Barack Obama está perto de atingir a marca de um milhão de deportados. Apesar da promessa de que vai lutar pela reforma imigratória e que seu foco são os indocumentados com antecedentes criminais, a grande maioria dos estrangeiros mandados de volta ao país natal não cometeu qualquer infração grave.
Obama admitiu recentemente que não pode conter as deportações, até como forma de garantir a segurança do país. No entanto, segundo Jorge Mario Cabrera, diretor de comunicação da Coalizão pelos Direitos Humanos dos Imigrantes (Chirla, na sigla em inglês), afirma que cerca de 70% dos indocumentados expulsos da América eram trabalhadores e pessoas de família. Só no ano fiscal de 2010, foram 392 mil deportações, um recorde na história dos Estados Unidos, sendo que somente 195 mil deles tinham a ficha criminal suja.
Os Estados Unidos são um país de leis e eu, como presidente, estou obrigado a cumprir a legislação. Não tenho opção quanto as deportações, mas gostaria de reafirmar o meu compromisso com a reforma imigratória, discursou Obama para um grupo de estudantes em um chat promovido pela Univisión. Katherine Vargas, do Fórum Nacional de Imigração (NIF), não concorda e acha que a atual administração poderia ter feito mais pelos indocumentados e não endurecer ainda mais a situação dos imigrantes.
Mas apesar da decepção, os ativistas concordam que o presidente está de mãos atadas agora e somente as eleições de 2012 podem mudar este panorama.
