Histórico

Governo vai vetar mínimo acima de 540 reais

Segundo Mantega, reajuste foi acertado com os trabalhadores

Não adianta a oposição ou os insatisfeitos tentarem aumentar o valor do salário mínimo, definido em 540 reais. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o reajuste cumpre uma política que foi acertada pelo governo com os trabalhadores. Se vier alguma coisa diferente, vamos vetar. Uma elevação acima deste valor causa uma deterioração das contas públicas, disse ministro.

Mantega acrescentou que o governo precisa ainda decidir onde vai promover cortes no orçamento, mas deixou claro que esta decisão será tomada com base em uma análise detalhada das despesas de cada ministério: ou seja, o que é prioritário vai permanecer, mas o que não for tão necessário será postergado, como os gastos com passagens e diárias, por exemplo. Mas apressou-se em dizer que não se trata de um ajuste fiscal conservador.

Com relação ao mínimo, a afirmação do ministro gerou críticas. A equipe econômica sempre se posiciona contra os pedidos de reajuste dos movimentos sindicais, mas os sindicalistas têm vencido a batalha nos últimos anos, alfinetou o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), que anunciou que pretende apresentar emenda para um mínimo de 580 reais.

Pouco antes de deixar o cargo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou medida provisória fixando o mínimo em 540 reais, com reajuste de 5,88%, abaixo da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços Ao Consumidor (INPC), segundo o Diesse. Do lado do PMDB, que está envolvido com o PT numa disputa de cargos, a intenção é questionar as razões da equipe econômica para impedir o mínimo acima do valor fixado. Não vamos fechar os olhos e ouvidos e apertar o botão de votação a favor do governo, afirmou o deputado Henrique Eduardo Alves (RN).

Compartilhar Post:

Baixe nosso aplicativo