Histórico

Grupos pró-imigrantes pedem aos turistas para não irem ao Alabama

Ativistas apelam para a pressão econômica para sensibilizar parlamentares e executivo do estado sulista

DA REDAÇÃO — Uma coalizão nacional de organizações defensoras dos direitos civis e trabalhistas anunciou na quinta-feira (31) que divulgará propaganda em todo os Estados Unidos para convencer as pessoas a não visitarem locais turísticos no Alabama por causa das medidas contra a imigração ilegal adotadas naquele estado.

Os dirigentes da iniciativa disseram à imprensa que também pretendem efetuar manifestações em frente a 73 concessionárias Hyundai em todo o país para encorajar a fabricante automobilística sulcoreana a se manifestar publicamente contra a lei de imigração do Alabama.
Wade Henderson, presidente e diretor geral da Conferência da Liderança sobre Direitos Civis e Humanos, disse que as alterações feitas à lei pelo Legislativo do Alabama este ano não resolveram os problemas que as organizações de direitos civis tiveram com a normativa, considerada a mais severa no combate à imigração ilegal no país.

“Na verdade, o Legislativo tornou a lei mais severa e mais punitiva a do que era antes. Nossa mensagem ao Legislativo é simples: Se não podemos apelar para seu lado humano, então apelaremos para suas fontes de recursos”, expressou Henderson. Ele destacou que a coalizão não está propondo um boicote, mas deseja conscientiziar as pessoas sobre a lei.

Jennifer Ardis, secretária de imprensa do governador do Alabama, Robert Bentley, disse que o protesto lhe parecia equivocado. A lei de imigração do Alabama tem como propósito garantir que as pessoas que vivem e trabalham no estado o façam de maneira legal, acrescentou.

“Não há nada de injusto nisto”, assinalou Jennifer Ardis. “Alguns setores gostariam que fizéssemos vistas grossas para o problema da imigração ilegal. Não será assim”, advertiu.

O diretor executivo de relações públicas da Hyundai, Chris Hosford, disse em um comunicado que a empresa tem um compromisso de longa data com os direitos humanos e afirmou não compreender por que a empresa era alvo dos protestos.

O motivo se deve ao fato da montadora da Coréia do Sul ter uma fábrica de automóveis naquele estado americano.

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