Estrangeiros que vivem nos Estados Unidos cometem menos delitos e reincidem menos do que os americanos
Um novo estudo recém-publicado contradiz diretamente o mito que relaciona os imigrantes com uma maior incidência de atos de delinquência: os imigrantes que vivem nos Estados Unidos cometem menos delitos e em menor quantidade e ao mesmo tempo reincidem menos do que os filhos de imigrantes ou os nativos de várias gerações.
Alex Piquero, criminologista da Universidade do Texas em Dallas, é coautor de um estudo que analisou os “padrões de delinquência” de jovens que cometem um delito sério entre os 14 e 17 anos. Um acompanhamento de sete anos depois de cometido o delito inicial demonstra que os imigrantes “não têm padrões de criminalidade a longo prazo”.
“O que encontramos é surpreendente: comparados às pessoas de segunda geração (filhos de imigrantes) e os nativos (de várias gerações) nos Estados Unidos, os nascidos no exterior têm menor tendência a manter uma vida de delinquência e seus delitos são menos severos”, disse o catedrático em uma entrevista.
Piquero destaca que a diferença entre os nascidos no exterior e os nascidos aqui é “surpreendente”.
“É uma diferença incrível. Os nascidos fora cometem muitos menos delitos e, quando fazem, se regeneram muito mais rápido”, disse Piquero. “Este estudo realmente desmistifica a ideia de que a delinquência é um tema dos imigrantes. A delinquência é um problema deste país, não dos imigrantes”.
Análises subsequentes dão uma ideia das razões pelas quais existe esta diferença, asseverou Piquero.
“Acreditamos que há algo que mantém a família imigrante culturalmente isolada de certos padrões de conduta”, afirmou Piquero.
“Nas famílias imigrantes há uma apreciação pela lei e pela oportunidade que significa estar neste país. Talvez haja uma atitude diferente
em relação à lei nos Estados Unidos”.
Isto serve para derrubar os mitos de que os imigrantes sejam causadores de problemas com a lei.
