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Histórico

Imigrantes explorados também em Portugal

Brasileiros estão entre os novos trabalhadores rurais no Alentejo

Várias explorações agrícolas no Alentejo, região sul de Portugal, não seriam viáveis sem a mão-de-obra de imigrantes, trabalhadores sazonais que, em muitos casos, trabalham de sol a sol. “Há explorações agrícolas em zonas rurais, onde os alentejanos, cansados do trabalho no campo, partiram à procura de outras atividades. Ou seja, sem o trabalho de estrangeiros estaríamos em situação difícil”, confirmou o presidente da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana, Antonio Vitalino Dantas, que também é bispo de Beja, naquela região.

Ele, durante uma conferência sobre imigração naquele país, destacou a grande incidência de exploração agrícola de – sobretudo – imigrantes brasileiros, ucranianos, búlgaros e romenos, que representam quase 100% dos trabalhadores. “É uma inevitabilidade econômica”, frisou o ativista Alberto Matos, explicando que o predomínio de monoculturas do olival e da vinha demandam trabalho intenso. “Os empresários, como não conseguem encontrar mão-de-obra na região, têm que recorrer a imigrantes”, disse Matos.

O maior problema, porém, está nas condições impostas a estes estrangeiros. Segundo um dos trabalhadores rurais, que preferiu não se identificar, as jornadas normalmente ultrapassam as 13 horas diárias e os salários estão bem abaixo da média para a empregados portugueses. “Essa é uma situação a qual não podemos fugir, pois precisamos do dinheiro para sobreviver”, lamentou o imigrante.

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