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Índia e Brasil são campeões de demora para visto aos EUA

Índia, Brasil e México são os países onde os processos para retirada do visto aos Estados Unidos são os mais demorados do mundo.

Em Mumbai e em Calcutá, na Índia, os viajantes esperam 184 e 121 dias, respectivamente, para conseguir um visto de entrada ao país.

No Brasil, a cidade de Recife bate o recorde de demora. São 100 dias de espera. Na Cidade do México, 91 dias.

Os dados são do Departamento de Estado americano e foram publicados em um relatório da Discover America Partnership, grupo de empresários americanos formado para impulsionar a indústria de turismo.

O relatório “A Blueprint to Discover America” faz recomendações para agilizar o sistema de vistos, aperfeiçoar os procedimentos nos portos de entrada do país e mudar a percepção negativa que os viajantes têm dos Estados Unidos.

O objetivo é reverter a tendência de queda de viajantes estrangeiros no país – muitos afugentados pela burocracia para conseguir o visto e pelo tratamento recebido dos funcionários da imigração.

De acordo com o grupo, o país deixou de receber quase 60 milhões de viajantes internacionais desde os atentados de 11 de setembro de 2001.

Belo Horizonte

O Discover America Partnership descreve o sistema de visto americano como “antiquado” e diz que em alguns países a viagem aos consulados é “inaceitavelmente fatigante”.

O grupo sugere, por exemplo, que o processo de retirada do visto seja limitado a até 30 dias ou menos e que as entrevistas sejam feitas por vídeo-conferência em locais com problemas de distância, como Brasil, China, Rússia e Índia.

O relatório cita o caso de Belo Horizonte, um “grande mercado potencial para turismo aos Estados Unidos”, mas que fica a quase 440 km de distância do consulado americano mais próximo, o do Rio de Janeiro.

O relatório do Discover America Partnership recomenda também que nos portos de entrada, principalmente nos aeroportos, as pessoas esperem no máximo 30 minutos ou menos para serem liberadas da imigração.

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O grupo de empresários sugere ainda medidas para mudar a percepção negativa que os estrangeiros têm em relação aos Estados Unidos.

Uma solução seria a formação de parceiras com o setor privado para usar o “know-how” dos empresários no entendimento de como funciona o mercado de turismo ao redor do mundo ou na compreensão de como agradar a clientela.

Um exemplo de parceria foi feito pelo Dulles International Airport, de Washington, com a Disney.

A empresa se ofereceu, por exemplo, a analisar o espaço físico do aeroporto para melhorar a organização das filas, a criar um ambiente mais receptivo no saguão (com cartazes e vídeos) e produzir um guia para os funcionários com instruções de como ser mais amigáveis.

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