Histórico

Indonésia afirma que vai fuzilar segundo prisioneiro brasileiro até fim do mês

Rodrigo Gularte foi detido em 2004, com seis quilos de cocaína; autoridades brasileiras tentaram, sem sucesso, impedir condenação argumentando que ele sofre de esquizofrenia

DA REDAÇÃO (com Deutsche Welle) – O governo da Indonésia confirmou na sexta-feira (17) a execução por fuzilamento de nove estrangeiros (incluindo o brasileiro Rodrigo Gularte) e um indonésio, todos condenados por tráfico de drogas. O porta-voz da promotoria pública do país, Tony Spontana, afirmou que, a não ser que algo imprevisível aconteça, as execuções dos dez condenados acontecerão ainda neste mês.

Gularte foi detido em 2004, quando tentava entrar no país com seis quilos de cocaína escondidos numa prancha de surfe. Autoridades brasileiras tentam impedir a condenação, argumentando que ele sofre de esquizofrenia, mas as tentativas não deram resultado.

Além de Gularte, deverão ser executados cidadãos de Austrália, Nigéria, Filipinas, França e Gana. A embaixadora de França em Jacarta alertou para a possibilidade de consequências nas relações bilaterais caso o cidadão francês venha a ser fuzilado.

Um dia antes do anúncio das execuções, foi a vez da Indonésia se ver do outro lado da situação. Na quinta-feira, o governo indonésio protestou contra a execução de uma cidadã do país na Arábia Saudita, convocando o embaixador saudita para explicações. A mulher havia sido condenada pelo assassinato de uma criança de 4 anos.

Outra mulher indonésia havia sido executada na Arábia Saudita no início da semana, após ter sido condenada pela morte de uma mulher saudita. As duas indonésias trabalhavam como empregadas domésticas, assim como milhares de suas compatriotas na Arábia Saudita.
O governo da Indonésia não protestou contra a execução da pena de morte, mas pela suposta violação de procedimentos diplomáticos, afirmando não ter sido avisado com antecedência sobre as execuções.

Em janeiro, a Indonésia executou seis pessoas acusadas de tráfico de drogas, incluindo o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, o que causou uma crise diplomática entre a Indonésia e o Brasil.

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