Histórico

Líderes republicanos querem derrubar criminalização para imigrantes ilegais

Pesquisa feita pelo Washington Post-ABC News revelou qeu 60% dos americanos apóiam legalização de imigrantes

Os dois principais representantes dos republicanos no Congresso, confrontados com as divisões internas dentro do partido e com as grandes manifestações públicas, disseram nesta terça-feira (11/04) que pretendem aprovar uma legislação de imigração que não sujeite os imigrantes ilegais a serem processados como criminosos.

O presidente da Câmara de Deputados Dennis Hastert, de Illinois, e o líder da maioria no Senado Bill Frist, do Tennessee, não revelaram se querem uma legislação que considere os imigrantes ilegais passíveis de infrações leves ou talvez sujeitos a uma penalidade civil como uma multa. “Permanece como nossa intenção elaborar um projeto de lei que fortaleça as fronteiras e que não tornará a presença de indocumentados nos Estados Unidos um crime”, confirmaram os parlamentares. Acredita-se que 11 milhões de homens, mulheres e crianças estejam ilegalmente nos Estados Unidos.

A Câmara de Deputados, controlada pelos Republicanos, aprovou uma legislação no final do ano passado que limita-se apenas a fortalecer as medidas de segurança nas fronteiras. E torna os imigrantes ilegais sujeitos às leis criminais do pais.

Os esforços do Senado para rediigir um projeto de lei mais abrangente — que cubra a segurança na fronteira , um programa de trabalhador convidado e um caminho para a cidadania de mais de 11 milhões que encontram-se ilegalmente no país — foram paralisados com os parlamentares em recesso por duas semanas de férias.

Frist disse pretender trazer o assunto de volta ao plenário do Senado, embora ele esteja distante de um acordo entre os senadores e diante da incerteza de aprovação de uma lei de imigração num ano eleitoral. A divulgação dos líderes republicanos das duas casas veio após grandes passeatas populares realizadas por manifestantes que se opõem às penalidades criminais aos imigrantes ilegais.

Além disso, uma pesquisa realizada pelo Washington Post-ABC News e divulgada ontem(11/04) revelou que apenas 20 por cento dos entrevistados disseram ser favoráveis à declaração de imigrantes ilegais como criminosos e querem barrar suas contratações para trabalhar. Mais de 60 por cento demonstraram apoio à proposta geral concebida pelo Senado, que inclui certas exigências para os imigrantes ilegais, tais como o pagamento de multas e de impostos de renda retroativos como parte do processo para se qualiicar para uma futura cidadania.

O senador Edward M. Kennedy, democrata de Massachusetts, desqualificou a proposta da liderança republicana, dizendo: “Ações falam mais alto do que palavras, e ninguém está escondendo o fato de que a Câmara de Deputados Republicana aprovou um projeto de lei, e o senator Frist ofereceu outra que criminaliza os imigrantes”. “Este debate não deveria ser sobre transformar em criminosos famílias de trabalhadores, mas, sim, do fortalecimento de nossa segurança nacional e de decretar uma lei que reflita nossos melhores valores e nossa humanidade”, afirmou Kennedy.

A questão de penalização consumiu meses de debate e depois foi alvo de uma intensa manobra política. Assistentes do Partido Republicano indicaram que o deputado James Sensenbrenner, do Wisconsin., relator do Comitê Judiciário da Câmara dos Deputados, havia tentado durante o debate na casa reduzir a penalidade a uma infração leve. A tentativa falhou na votação de 257 a 164, com 65 republicanos e 191 democratas se opondo. Muitos democratas, inclusive membros da Divisão Congressional Hispânica, ratificaram na época ser favoráveis às penalidades criminais e se opuseram às mudanças sugeridas.

Hastert e Frist afirmaram ter os democratas demonstrado uma “falta de compaixão.” Além disto, eles renovaram a acusação de que o líder dos democratas no Senado, Harry Reid, está procurando “bloquear a ação na legislação de imigração”. Reid negou as acusações. Embora tenham feito as acusações a Reid, as lideranças dos republicanos é que têm enfrentado as divisões internas. Diversos conservadores republicanos na Câmara dos Deputados têm denunciado as propostas do Senado como anistia para aqueles que quebraram a lei.

Apesar de Frist ter saudado as propostas do Senado debatidas na semana passada como um “grande passo”, ele foi o úncio membro da liderança republicano a abraçá-las. Os dois outros membros do grupo, senadores Jon Kyl, do Arizona, e Kay Bailey Hutchison, do Texas, se opuseram. O senador Rick Santorum, da Pennsylvania, opõe-se à medida, de acordo com um porta-voz.

A senadora Elizabeth Dole, de North Carolina, que lidera o comitê pela campanha senatorial do partido, negou-se a divulgar sua posição diante deete assunto.

Um porta-voz do senador Mitch McConnell, o segundo republicano mais importante, pôs de lado a questão ao dizer que o parlamentar do Kentucky é a favor de uma abordagem mais abrangente.

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