Histórico

Lista de imigrantes ilegais assusta latinos de Utah

Grupo anônimo promove caça às bruxas ao denunciar lista com mais de 1.300 nomes de supostos indocumentados. Governador Herbert manda investigar.

Órgãos estaduais estão investigando se algum de seus func ionários vazou os números de Social Security e outras informações pessoais depois de uma lista de 1.300 pessoas, que um grupo anônimo garante ser de imigrantes ilegais, circulou por Utah.

O grupo anônimo enviou a lista para diversas mídias, órgãos policiais e outros departamentos esta semana, atemorizando a comunidade latina do estado. Uma carta acompanhando a lista exigia que eles fossem deportados imediatamente.

A lista contém ainda informações bastante detalhadas tais como números de Social Security, datas de nascimento, locais de trabalho, endereços e números de telefones. Os nomes dos filhos estão incluídos, juntamente com as datas de partos das mulheres grávidas na lista.
O governador republicano Gary Herbert escreveu num tweeter ter pedido aos órgãos estaduais que investiguem a origem da lista. “Temos algumas pessoas em nosso departamento de tecnologia trabalhando nisto exatamente agora”, disse Dave Lewis, do Departamento de Serviços de Força de Trabalho do estado. “Isto é alta prioridade. Queremos descobrir o como e o porque”, prometeu.

Lewis notou que seu departamento é um dos muitos com acesso às informações incluídas na lista. Ele disse que seu departamento não havia recebido uma cópia da lista do escritório do governador até a última terça-feira. A maioria dos nomes da lista era de origem latina.

“Meu telefone tem tocado sem parar com as pessoas que descobriram estar na lista”, disse Tony Yapias, ex-diretor do Escritório de Assuntos Hispânicos de Utah. “Eles estão aterrorizados e com muito medo”, assegurou.

A carta diz que alguns nomes na lista foram enviados para o escritório do Serviço de Imigração dos EUA em Salt Lake City em abril. E diz que a nova lista inclui novos nomes, formando um total de mais de 1.300.

Na carta de abril, os autores disseram que seu grupo “observa estes indivíduos em nossos bairros, dirigindo em nossas ruas, trabalhando em nosssas lojas, frequentando nossas escolas e entrando em nossos prédios públicos”. Segundo a carta, as informações foram obtidas com mexicanos legais que se infiltraram nas redes sociais deles e obtiveram os dados que necessários para adicioná-los à lista.

A porta-voz do ICE, Virginia Kice, disse ter recebido uma cópia da lista, ms negou-se a dizer se o órgão está investigando o status imigratório das pessoas cujos nomes constam da lista.

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