Histórico

Madri recebe o primeiro grupo de presos libertados em Cuba

Os sete prisioneiros são os primeiros dos 56 a serem libertados pelo governo cubano

O primeiro grupo de sete presos políticos libertados pelo governo de Cuba chegou na terça-feira, 13, a Madri, informaram as autoridades espanholas, colocando assim fim à apreensão das famílias dos prisioneiros que aguardavam sua libertação desde o fim da semana passada.

Os prisioneiros chegaram à capital do país em dois voos comerciais separados, acompanhados de 33 familiares e representantes do governo espanhol. No primeiro voo, viajaram Léster González, Omar Ruiz, Antonio Villarreal, Julio César Gálvez, José Luis García Paneque e Pablo Pacheco, junto a seus familiares. Em outro avião chegou Ricardo González Alfonso. Os presos foram recebidos por Agustín Santos, diretor de gabinete do ministro de Assuntos Exteriores, Miguel Ángel Moratinos.
Apenas dois dos dissidentes se manifestaram durante uma coletiva de imprensa organizada imediatamente após sua chegada. Gálvez leu um comunicado em que afirmou que os presos libertados são “a vanguarda de um grupo de prisioneiros de consciência mantido pelo governo cubano.”

Gálvez também lembrou aqueles que continuam presos em Cuba e disse: “Temos a esperança de que os que continuam em Cuba venham a gozar da mesma liberdade que temos neste momento.” Para Gálvez, a libertação “significa o início de uma etapa para o futuro de Cuba e de todos os cubanos”.

Ricardo González Alfonso também falou com a multidão de jornalistas. Ele afirmou que “este processo de acompanhamento pelo governo espanhol das conversas entre a Igreja e o governo da ilha é um passo. Não é o primeiro passo, mas também não será o último”.

González deixou claro que que vai continuar em Madri a luta pela libertação de todos os presos que continuam em Havana. “Uma palavra cabe a Cuba: mudança. Para mim e para os meus companheiros a mudança começa pela liberdade”, afirmou, “Cuba merece a democracia.”
Os sete presos libertados, os primeiros dentre 20 que comunicaram seu desejo de vir à Espanha, viajaram para Madri na companhia de seus familiares. Todos são parte do grupo de 56 prisioneiros que Cuba decidiu libertar após firmar um acordo com o Arcebispado de Havana. Alguns deles já pensam em vir para os Estados Unidos.

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