Histórico

Mais rigor da segurança nos aeroportos

Visitantes agora deixam dez impressões digitais ao entrar nos Estados Unidos

Estrangeiros que chegam aos Estados Unidos em determinados aeroportos agora são identificados pelas impressões digitais dos dez dedos. A medida faz parte de um novo reforço na segurança do país, com o objetivo de flagrar suspeitos de terrorismo e fraudadores de visto, disseram autoridades ligadas ao governo. Até então, apenas as impressões de dois dedos eram colhidas dos visitantes.

“A mudança dá aos nossos agentes uma idéia mais precisa de quem está querendo entrar nos EUA”, disse Paul Morris, diretor-executivo da agência de Proteção a Alfândegas e Fronteiras dos EUA, em entrevista coletiva no aeroporto John F. Kennedy, em New York. O sistema foi incorporado a vários pontos de entrada naquele aeroporto internacional e em outros, como Washington, Atlanta, Boston, Chicago e Miami. Até setembro deste ano, o novo método será implantado em todos os portos de entrada americanos, a um custo aproximado de 280 milhões de dólares, segundo o Departamento de Segurança Doméstica.

O governo dos EUA vem recolhendo impressões digitais e fotos de quase todos os estrangeiros maiores de 14 anos que entram no país desde 2004, como parte de um programa chamado US-Visit. As digitais dos visitantes são comparadas a registros criminais e de imigração e a ampliação do sistema permitirá a comparação com um arquivo ainda maior. Em média, quase 14.400 visitantes se submetem diariamente à identificação por digitais somente no aeroporto Kennedy, segundo os funcionários.

No entanto, nem todos aprovaram as mudanças. Críticos dizem que esse tipo de identificação é inútil e viola a privacidade dos passageiros. “Pelo que posso dizer, não houve qualquer sucesso em apanhar terroristas”, disse Bruce Schneier, chefe de segurança tecnológica da empresa BT Counterpane, de Santa Clara, Califórnia, que estudou o sistema. No entanto, mais de dois mil casos de crimes e fraudes de visto foram detectados pelo processo de digitais, adotado em resposta às preocupações resultantes dos atentados de 11 de setembro de 2001.

A Grã-Bretanha também já adotou a identificação de estrangeiros por digitais, enquanto Canadá e União Européia estudam programas similares.

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