Silvio Berlusconi, primeiro-ministro da Itália, chama indocumentados de “exército do mal”
Depois de Nicolas Sarkozy, que ao assumir a presidência da França há alguns meses defendeu leis mais rígidas contra os imigrantes, agora um outro líder europeu afirmou que vai restringir a entrada de estrangeiros indocumentados no continente. Silvio Berlusconi, a caminho do seu terceiro mandato como primeiro-ministro da Itália, prometeu fechar as fronteiras do país, segundo ele, para diminuir a incidência de crimes. Berlusconi chamou os imigrantes em situação irregular de “exército do mal”.
O discurso xenofóbico do premier foi recebido com euforia pelos italianos, que jamais viram índices tão altos de violência – e apontam os indocumentados como os vilões da história. “Uma das primeiras medidas será o fechamento das fronteiras e a instalação de mais postos para identificar cidadãos estrangeiros que não têm emprego e são forçados a entrar na vida do crime”, disse Berlusconi, acrescentando que vai investir em policiamento para constituir o que chamou de “exército do bem” nas praças e ruas. “Para atuar entre os cidadãos italianos e o exército do mal”, explicou o líder.
Berlusconi foi eleito por larga margem de votos e a aliança em torno de seu nome – Povo da Liberdade (PDL) – obteve resultados expressivos também na Câmara dos Deputados e Senado. A itália enfrenta problemas com a estagnação econômica e a instabilidade política.