Histórico

McCain é o candidato republicano; Hillary e Obama ainda na corrida

Definição entre os democratas só sai em abril, na primária da Pensilvânia

Se pelo lado dos republicanos a candidatura de John McCain foi definida com as vitórias nas quatro prévias dessa semana e a conseqüente desistência de Mike Huckabee, entre os democratas a batalha atingiu o seu ápice e só deve ser concluída em meados de abril. Ainda não há a certeza se o indicado do partido será a senadora Hillary Clinton, que manteve suas chances ao vencer bem em estados importantes como Ohio e Texas, ou o também senador Barack Obama. A primária do dia 22 de abril, na Pensilvânia, assume agora importância fundamental na pretensão dos dois candidatos.

Apesar de o ex-presidente Bill Clinton, marido de Hillary, ter dito que a democrata precisava vencer nas prévias de Ohio e no Texas, a senadora tentou mudar o tom da campanha e afirmou em entrevista coletiva que necessitaria apenas da vitória em um dos dois estados, por precaução. As pesquisas apontavam até então a preferência por Obama, mas o triunfo surpreendente parece que deu novo gás à campanha, que antes parecia sem perspectiva: assessores destacaram que a “grande virada” levará ex-primeira-dama à disputa pela Casa Branca.

É bem verdade que, apesar das importantes vitórias, Hillary continua em desvantagem em relação ao seu adversário no número total de delegados. Mas a boa notícia é que a demografia da Pensilvânia é muito semelhante a de Ohio, o que pode ser prenúncio de nova vitória da senadora. Ambos estados perderam muitos empregos na indústria e o número de foreclosures é alto nos principais centros – Filadélfia e Cleveland.

Já no Texas, Hillary jogou pesado para assegurar a vitória. A senadora espalhou anúncios agressivos na TV e criticou pontos da campanha de Obama. Mesmo assim, ela chegou a sugerir que os dois integrassem a mesma chapa eleitoral contra os republicanos – com ela encabeçando, é claro. A idéia foi rejeitada de pronto. “Então, estamos apenas começando’’, rebateu Hillary.

Do outro lado, céu de brigadeiro para McCain. Senador pelo estado do Arizona e ex-prisioneiro de guerra, ele já foi condecorado por bravura no combate do Vietnã e, aos 71 anos, vai realizar o sonho de concorrer à presidência, em novembro. As vitórias essa semana permitiram que o senador ultrapassasse o número exigido de representantes para assegurar a indicação do partido. “A campanha mais importante começa agora”, disse McCain em seu discurso de vitória.

“O próximo presidente dos EUA deve se comprometer em trazer de volta nossos soldados que estão no Iraque, sem por em risco a segurança daquele país”, acrescentou, indicando qual será sua proposta para o tema, que divide os americanos. Apesar desta diferença de opiniões, o presidente George W. Bush fez um pronunciamento apoiando a candidatura McCain.

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