Histórico

Médico revela: “Maradona acha que é um deus”

Da Agência Estado
“Maradona acha que é um deus”. A afirmação é de Héctor Pezzella, diretor do Sanatório Güemes, onde o craque Diego Armando Maradona está internado desde o dia 28 de março, vítima de uma hepatite tóxica causada pelo alcoolismo, sua nova dependência. “Essa pode ser a origem de seus males”, completou o médico.

Pezzella concordou com o médico pessoal de Maradona, Alfredo Cahe, sobre a influência negativa da entourage do ex-jogador. Segundo o médico, no entanto, os amigos que rodeiam o astro têm apenas “certa importância” na influência negativa. “Cada um forma seu grupo de amigos. Não é ao contrário”.

Maradona é tratado por seus fãs como uma entidade divina. Na cidade de Rosário, há quase uma década, surgiu a Igreja Maradoniana, cujo “deus” é Maradona. O culto surgiu como uma brincadeira, mas reforçou o apelido de “Diós” (Deus) que Maradona costuma ostentar.

O jornal portenho “Perfil” apontou que o alcoolismo de Maradona foi gerado pela recusa de sua ex-esposa, Claudia Villafañe, em reatar os laços sentimentais. Ela separou-se do ex-jogador no fim de 2003. Em março de 2004, Maradona teve sua segunda overdose de cocaína, que o mandou para o hospital e quase o matou (a primeira havia sido em janeiro de 2000).

Maradona, que teve vários casos extraconjugais e filhos nascidos fora do casamento, costuma afirmar que Claudia é o amor de sua vida, mas a ex-mulher mantém o silêncio, embora ainda cuide de seus negócios. Segundo os especialista na vida amorosa do casal, Claudia está “farta” das traições e dos escândalos públicos que Maradona protagoniza quando está bêbado ou drogado.

Os “maradonólogos” consideram que a rejeição de Claudia Villafañe – mãe das duas filhas reconhecidas de Maradona – foi crucial na nova dependência do ex-astro. No entanto, também admitem que a personalidade de Maradona é de grande debilidade psicológica, o que o torna uma vítima fácil de novas dependências.

Maradona pode sair nesta semana do hospital. Os médicos do Sanatório Güemes sustentam que se sua saúde continuar evoluindo, ele teria alta e poderia voltar para casa. Seu médico particular Alfredo Cahe, pretende que seu mais turbulento paciente faça um intenso tratamento contra o alcoolismo em uma clínica, na Suíça ou no Panamá.

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