Histórico

Membro da Al Qaeda estava preso no Brasil

Terrorista foi detido por divulgação de mensagem racist

Um membro da organização Al Qaeda estava preso no Brasil há cerca de dois meses, segundo o Ministério da Justiça. O terrorista, que já foi liberado, acabou atrás das grades por divulgação de mensagem racista, em São Paulo.

O Ministério da Justiça informou que o homem não deverá ser expulso ou deportado. Entre os supostos motivos para permitir a permanência dele no Brasil, segundo fontes do ministério, estaria a comprovação de estabilidade no país – como casamento com uma brasileira, por exemplo.

O deputado Raul Jungmann (PPS-PE), presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara, disse que vai encaminhar requerimento de informação à Polícia Federal, GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e Abin (Agência Brasileira de Inteligência) para que a comissão seja informada da prisão do integrante da Al Qaeda. O parlamentar teme que o Brasil se transforme numa espécie de “país hospedeiro” de organizações terroristas uma vez que não há legislação específica para enfrentar o problema.

“Estamos com uma diplomacia agressiva de aproximação com o mundo árabe. A contrapartida é o país se tornar hospedeiro de organizações terroristas. Eu sei que, antes dele ser preso, ele havia sido seguido aqui. Temos uma ausência clara de comando na questão terrorista”, afirmou o parlamentar. O presidente da UNI (União Nacional das Entidades Islâmicas), Abdul Nasser El Rafei, criticou as declarações de Jungmann. “Os árabes ajudaram a construir o país e a diversificar a rica cultura brasileira, hoje no Brasil, de acordo com o IBGE existem cerca de 10 milhões de árabes e descendentes, e questiono o porque que nunca houve ato terrorista no Brasil”, disse.

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