Por: Marilene Souza Brum
Olá Brasil, e então?
Como vai você?
Cá estamos,
gigantes sem medo,
somos teus filhos,inglês sem fronteiras.
Mas cá estamos Brasil, pra falar
da saudade,
neguinho, mulato, branco, mestiço…
Desta saudade neguinho, tão intensa de você.
Indescritível sabemos.
Saudade que dá samba,
festa composta pelo coração.
E seguimos Brasil…
Cleaneando,
brickeando,
painteando,
graniteando,
flooreando ou pooleando (tanto faz !)
Vamos parkeando Brasil,
com o teu jeito de ser.
Inglês sem fronteiras,
codinome esperança,
gigantes sem medo.
Prova dos dólares,
custo da vida, sem desânimo.
Desânimo não vem de você,
desânimo não cabe em você, em nós.
Cheio de vida Brasil,
tem cheiro de flor,
a flor mais bonita,
a fruta com sabor.
Artimanha ou manha,
nosso Brasil cá estamos.
Saudade infinita,
brasileira por favor.
Verde estandarte,
céu sem limites,
estrelas incontáveis.
Ah…Brasil
te contamos, te cantamos…
Orgulho nato,
coração confiscado, por hora…
Chora a viola,
cantantes e cantadores,
recordar é viver.
Sertanejo, forró ou MPB,
não importa Brasil,
aqui somos um todo,
pra lembrar de você.
Mas cá estamos Brasil,
contando os segundos,
mantendo teu sorriso,
pra devolvê-lo a você.
Olá Brasil, e então?
tempo não pára, dizia Cazuza,
e um dia vamos voltar pra você.
Olá Brasil, e então?
Saudade de nós?
Nós de você…
Marilene Souza Brum, ou Mel Brum, é de Santo Antônio de Padua, Estado do Rio de Janeiro, e está há mais de oito anos nos Estados Unidos. Desde criança se dedica às artes e literatura e publicou seu primeiro livro aos 16 anos, intitulado ‘Raça de Amor’. Cinco anos mais tarde publicou a sua segunda obra, ‘Acalanto’, e sempre esteve ligada à cultura: professora de Português, ela também já trabalhou como bancária e na área de Marketing de uma empresa multinacional. Com esta poesia, ela ganhou menção honrosa no II Prêmio Achei de Literatura.
