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Morre músico brasileiro conhecido da comunidade

Em Massachusetts, Edirson Oliveira de Carvalho foi encontrado por colegas de quarto morto em casa

Morre músico brasileiro conhecido da comunidade

DA REDAÇÃO (com Brazilian Voice) – Na noite de segunda-feira (9), o músico Edirson Oliveira de Carvalho, conhecido como “Cabeça” de 63 anos, natural de Naque (MG), foi encontrado morto por dois colegas com quem compartilhava o mesmo apartamento, em Milford (MA). Os amigos o descobriram na noite de segunda-feira (9) com uma corda amarrada à porta do seu quarto. Eles estranharam que Edirson não apareceu para trabalhar e foram atrás e especulam que sua morte tenha ocorrido na noite de domingo (8), última vez que o músico foi visto ainda com vida.

“Eles abriram a porta e ele (Edirson) caiu ao chão. Todos ainda estão traumatizados. O Cabeça era um músico talentoso e o seu trabalho deveria ser mais valorizado. Ele tocava maravilhosamente bem guitarra, baixo e bandolim. Algumas de suas composições deveriam ser regravadas”, comentou Gegê.

Segundo amigos mais próximos, Carvalho trabalhava ultimamente na montagem de parques de diversões para festas infantis e tocava somente em casa ou nas festas de amigos. Eles especularam que problemas pessoais, a solidão e o afastamento do meio musical podem ter agravado o quadro de depressão do músico. Edirson deixou o pai, os irmãos Celineuza (Célia), que já morou em Massachusetts, e Emilson, o cunhado Paulo, todos nos Brasil, uma filha e dois netos nos Estados Unidos. Comovidos, vários amigos estão organizando uma campanha que visa angariar fundos que permitam o velório e cremação do corpo do músico.

Conhecido popularmente pelo apelido de “Edirson Cabeça”, ele passou a infância em Governador Valadares (MG) e chegou aos Estados Unidos ainda no início da década de 80, onde tocou em várias bandas nos restaurantes e clubes noturnos locais.

Já nos EUA, algumas de suas composições mais populares incluem “Raízes”, “Grande Estiagem” e “Ano 2000”. Com a chegada de novos ritmos, como o Axé, Sertanejo Universitário, Arrocha, entre outros, Edirson perdeu um pouco o espaço no cenário musical local e acompanhava esporadicamente, com seus instrumentos, algumas bandas.

Ele trabalhava na construção civil e se apresentava nos clubes noturnos nos finais de semana. Durante alguns anos, ele distribuiu o jornal Brazilian Voice, com sede em New Jersey, em Massachusetts.

“O Cabeça se sentia solitário, não se animava, pois não tocava mais”, comentou o também músico Gegê Trindade, amigo e conterrâneo de Edirson, durante entrevista, via telefone, com a equipe de reportagem do BV, na terça-feira (10).

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