Histórico

Movimento de União Comunitária reivindica direitos para brasileiros

Líderes estão preocupados com tratamento inadequado dispensado aos imigrantes por parte da polícia e exigem respeito

Depois dos últimos acontecimentos envolvendo a comunidade brasileira no sul da Flórida no tocante à condição imigratória, especialmente no Condado de Broward, algumas lideranças decidiram que, finalmente, chegou a hora de uma maior aglutinação para reivindicar um tratamento digno por parte das autoridades americanas. O ponto de maior preocupação é a forma como os imigrantes estão sendo abordados pelos policiais (ver box ao lado). Merecemos o mesmo tratamento dispensado aos demais cidadãos, como escrito na tradição norte-americana e conforme praticado no Brasil, ressaltou Aloysio Vasconcellos, presidente do Brazilian Business Group (BBG) e um dos deflagradores do Movimento de União Comunitária, ao lado do pastor Silair Almeida e da empresária Patrícia Brito.

O grupo agendou uma reunião para esta segunda-feira e convocou pelo menos 11 lideranças para debater o assunto e, mais importante, proteger os brasileiros da região, que vieram para o país na busca de realizações pessoais e na concretização de sonhos. Um dos pontos motivadores da emigração certamente foi a tradição dos Estados Unidos de respeito aos direitos humanos, mas o momento apresenta características complexas, acrescentou Silair, da Primeira Igreja Batista da Flórida.

O clima de radicalização preocupa a todos, ainda mais porque temos consciência de que nossa comunidade contribuiu e muito para o desenvolvimento das atividades no sul da Flórida. Pagamos taxas e impostos, independentemente do status imigratório, e estamos socialmente integrados à vida local. Nossos filhos são cidadãos natos deste país e exigimos respeito, disse Patrícia, proprietária do restaurante Feijão com Arroz, admitindo que o clima de incertezas e os boatos espalhados sem cerimônia prejudicaram demais o comércio brasileiro.

Para combater o que seus integrantes consideram ações mal explicadas da polícia, o Movimento de União Comunitária quer se posicionar de forma enérgica e rápida, com ações que serão definidas em debates e análises sobre as leis de imigração. O objetivo é cobrar dos políticos, seja em Talahasse (senado estadual) ou na capital Washington D.C., explicações e o exercício do direito de ouvir as reivindicações do grupo.

É chegada a hora de nos organizarmos, definirmos e tomarmos posições, sempre ordeira e pacificamente, na busca do consenso e do bom entendimento, mas com altivez e orgulho de nosso passado e cultura, e sempre conscientes de nossa contribuição ao bem comum, sintetizou Aloysio. O ponto de partida é nesta segunda a comunidade agradece.

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