Histórico

Na França, governo não admite racismo na expulsão dos ciganos

Quase 500 pessoas foram mandadas de volta para o Leste Europeu e Sarkozy pode ser acionado na Justiça

Mesmo depois de ter expulsado de seu território mais de 450 ciganos nos últimos dois meses, a França insiste que não há nada de racista na iniciativa. O governo argumenta que as deportações ocorreram apenas porque esses estrangeiros já estavam com seu visto vencido e não tinham meios para se sustentar.

Por conta disso, o País deverá modificar suas leis sobre a livre movimentação de cidadãos da União Europeia (UE), a fim de responder às questões levantadas pela Comissão Europeia. Autoridades confirmaram que o governo está “disposto” a transferir certas medidas da diretiva da UE sobre livre movimentação para a lei nacional, a fim de aumentar a transparência e a clareza da norma, evitando assim as críticas da comunidade internacional.

O compromisso da França para garantir que os cidadãos europeus possam viajar e trabalhar onde eles queiram dentro do bloco ficou em dúvida nos últimos meses, após o presidente Nicolas Sarkozy lançar uma operação para enviar ciganos de volta ao Leste Europeu. A Comissão Europeia ameaçou tomar ações legais contra Paris, a menos que o governo francês incorpore a diretiva sobre a livre movimentação completamente à lei francesa, ou o país poderia ser acusado de expulsar os imigrantes baseando-se na etnia deles.

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