Tanto democratas como republicanos já se preparam para as eleições de 2014
DA REDAÇÃO COM AP – O presidente Barack Obama promulgou nesta quinta-feira (26) um projeto de lei orçamentário bipartidário que reduz os cortes automáticos de gasto público durante dois anos, uma solução modesta em comparação ao ano que termina, caracterizado por intensas disputas entre a Casa Branca e o Congresso em torno do tema.
Obama assinou este projeto de lei e outro para tomar medidas enérgicas contra os ataques sexuais dentro das Forças Armadas enquanto está de férias no Havaí. O presidente assinou as duas iniciativas e outras mais, de maneira privada, sem a presença de jornalistas, depois de fazer exercício pela manhã em uma academia de ginástica em uma base da Infantaria da Marinha em Oahu, perto da casa alugada para suas férias.
As promulgações foram um dos últimos atos oficiais de Obama em um ano carregado de problemas em Washington, como o fechamento parcial do governo, quase um descumprimento de pagamentos por parte do Tesouro, um desastrado lançamento do novo Website governamental para contratar seguros médicos e um estancamento político quase perpétuo no Congresso.
O acordo orçamentário reduzirá os cortes generalizados que já estão programados para serem implantados, como aquele que restaurou $63 bilhões durante dois anos. Inclui $85 bilhões entre outras economias.
Embora nem Obama nem os republicanos do Congresso estejam contentes com este acordo, pelo menos encerrou o ciclo de crises fiscais recorrentes ao evitar — por enquanto— que se efetue outro fechamento governamental durante quase dois anos.
Contudo, este raro momento de convivência civilizada pode ser de curta duração. Logo depois do início de 2014, se vislumbram novas lutas sobre o aumento do limite de endividamento do país, algo, que segundo o Tesouro, deve ser resolvido no final de fevereiro ou no início de março para evitar uma interrupção de pagamentos sem precedentes nos Estados Unidos.
As duas partes estão mostrando as posições extremas habituais; os republicanos insistem que querem concessões antes de elevar o limite do endividamento e Obama insistindo que não negociará.
Com os últimos vestígios da disputa legislativa de 2013 no passado, a atenção de Obama será ocupada agora com os grandes desafios e os possíveis pontos de destaque do próximo ano. No final de janeiro, Obama dará seu quinto pronunciamento do Estado da União, no qual apresentará seu tema de trabalho para a reta final antes das eleições de intermediárias do 2014, o que lhe impedirá de atrair a atenção de Washington sobre as próprias prioridades do mandatário.