Histórico

Obama promulgará lei de segurança fronteiriça

Presidente dos Estados Unidos vai transformar em lei um projeto que visa combater a violência na fronteira

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, promulgará na sexta-feira (10) uma lei que busca reforçar a segurança fronteiriça ao combater o tráfico de drogas pelas fronteiras norte e sul do país, informou a Casa Branca.

O mandatário assinará a Lei para a Prevenção do Contrabando com Aviões Ultraleves de 2012, que foi a última iniciativa patrocinada por ele e votada pela legisladora democrata Gabrielle Giffords, disse a Casa Branca em comunicado.

Giffords, que foi ferida gravemente durante um atentado há um ano, abandonou em 25 de janeiro sua cadeira por Arizona na Câmara de Deputados para continuar sua reabilitação.
Obama assinará a lei no Gabinete Oval da Casa Branca acompanhado pelo vice-presidente Joe Biden, por Giffords e pelo esposo dela, o ex-astronauta Mark Kelly.

A lei em questão, aprovada pelo Congresso no final de 2011, concede às autoridades policiais maiores poderes para combater o tráfico de drogas nas fronteiras dos Estados Unidos com o Canadá e com o México, informou a Casa Branca.

Segundo fontes legislativas, a medida procura corrigir um resquício legal que tem sido aproveitado pelos narcotraficantes, os quais até agora recebiam sentenças menores pelo uso de aviões ultraleves, em comparação com as sentenças impostas pelo uso de aviões ou automóveis.

Assim, a lei uniformizará as sanções para o tráfico de drogas sem importar os meios utilizados, de maneira que as sentenças serão de até 20 anos na prisão e uma multa de $250,000.

Calcula-se que a cada ano os contrabandistas recorriam a aviões ultraleves (ULAs, em inglês) na fronteira sul para transportar centenas de carregamentos de drogas.
Estes aviões são os preferidos dos narcos porque são pequenos, leves, podem voar de noite sem luzes e escapar da detecção dos radares, além do mais têm baixos custos de operação e manutenção.

A violência gerada pelo narcotráfico causou a morte de umas 50,000 pessoas no México desde 2006, quando o presidente mexicano, Felipe Calderón, ordenou a militarização da luta contra os narcos.

O governo dos Estados Unidos ajuda o México a combater o narcotráfico e o crime organizado mediante a Iniciativa Mérida, mas ela foi objeto de críticas no passado pela lentidão na entrega de recursos a este país.

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