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Obama quer abrir universidades para os mais pobres

Presidente anuncia novas medidas para melhorar o acesso à universidade para estudantes de baixa renda

O presidente Barack Obama e sua esposa Michelle anunciaram nesta quinta-feira (16) o compromisso alcançado com várias universidades americanas para que haja fundos disponíveis para novos programas que permitam o acesso à educação superior para jovens com baixos recursos econômicos.

O presidente revelou ter feito centenas de acordos com universidades, colégios universitários e fundações com o objetivo de dar início a programas que facilitem o acesso à educação superior para bons estudantes sem recursos e de minorias como a latina e a afroamericana.

“Queremos assegurar que mais jovens tenham a oportunidade de obter educação superior, algo que nunca havia sido tão importante como na economia do século XXI”, sublinhou o mandatário.

Obama destacou que somente 30 por cento dos estudantes de baixos recursos entrem na universidade e apenas 9 por cento deles conseguem se formar.

No entanto, ele elogiou que se tenha conseguido que, por exemplo, a incidência do fracasso escolar entre os hispânicos tenha caído pela metade em uma década.

Como exemplo, citou o dominicano Estefan Rodríguez, que passou de lutar para aprender inglês para se converter em um dos estudantes mais destacados de sua escola secundária e obteve uma bolsa para o Colegio Universitário Dickinson.

Os Obama também deram como exemplo o fato de uma boa política de bolsas e ajudas poder elevar o potencial das pessoas e até convertê-las, como eles dois, em inquilinos da Casa Branca.

Tanto o presidente como a primeira-dama, Michelle Obama, lembraram suas experiências pessoais e as facilidades de acesso à universidade que permitiram que ambos estudassem Direito em Harvard, apesar virem de famílias de baixos recursos.

“Se não nos tivéssemos comprometido como país a enviar um maior número dos nossos para a universidade, nem Michelle nem eu e seguramente alguns de vocês não estaríamos hoje aqui”, afirmou Obama no evento organizado pela Casa Branca.

As universidades e filantropos comprometeram milhões de dólares para que os estudantes com boas notas e que trabalhem duro possam optar por um diploma universitário ou pela formação profissional de educação superior.

O presidente disse que seu objetivo é “restaurar as promessas de oportunidades e ascensão social que são o coração dos Estados Unidos”
.
Reiterou seu compromisso de trabalhar com o Congresso para aprovar leis que aumentem o número de bolsas e outro tipo de ajudas ao estudo, mas também lançará mão de seu poder executivo para conseguir com que os estudantes talentosos consigam formar-se na universidade.

Em sua opinião, os acordos feitos com as universidades são “um exemplo de como, sem a necessidade de lei, podemos avançar nossa agenda”.

Mais de uma centena de instituições universitárias e umas 40 organizações lançarão programas para que mais jovens obtenham uma graduação universitária, algo que lembrou é garantia de pertencer à classe média e aumenta a probabilidade de evitar o desemprego quando chegam crises como a de 2008.

O presidente reconheceu que o constante aumento dos preços das matrículas universitárias não só está afetando as famílias de baixa renda, como também pode impedir a classe média de ter acesso à educação superior.

Segundo o College Data, o custo médio anual dos estudos em uma universidade pública fica em torno de $23,000, enquanto em uma privada está perto dos $45,000 por ano.

Obama advertiu que “o governo não vai poder subsidiar continuamente um sistema no qual a inflação na educação superior é maior do que a da saúde”, e prometeu continuar com suas propostas para conter o aumento dos reajustes.

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